04 set, 2022 - 09:34 • Inês Braga Sampaio
Um homem foi detido, na madrugada deste domingo, após tiroteio e perseguição a alta velocidade pelas ruas de Castelo Branco, segundo informou o comando distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Em comunicado, a PSP conta que, por volta das 4h00, foi chamada a acudir a uma "situação de desordem junto a um estabelecimento de diversão noturna", com arma de fogo envolvida. Ao chegar ao local, os agentes ouviram "claramente" o som de disparos, antes de verem a viatura do autor "a abandonar o local em grande velocidade".
Um carro patrulha encetou a perseguição ao veículo suspeito, cujo condutor "nunca acatou as ordens" para parar, "continuando a fugir em alta velocidade". Só parou quando chegou junto do bairro onde residia, tendo mesmo chegado a embater numa viatura lá estacionada.
O condutor saiu da viatura, "empunhando uma arma de fogo longa", e apontou-a "inequivocamente" aos polícias, ameaçando matá-los.
"Perante a ameaça em execução, com capacidade letal, um dos polícias procedeu ao recurso efetivo a arma de fogo contra o agressor, executando um disparo na sua direção, de forma a fazer cessar a ameaça atual e ilícita, atingindo o agressor na zona do tronco", relata a PSP.
Entretanto, familiares e amigos do suspeito aproximaram-se do local, alertados pelo "alarido", dificultando a detenção do suspeito. Alguns deles agrediram os polícias "com objetos contundentes", segundo a PSP.
A PSP chamou meios de socorro médico ao local, de acordo com o comunicado, no entanto, "contra todas as ordens dadas", os familiares e amigos do suspeito conseguiram tirá-lo das mãos dos polícias e levá-lo para o hospital antes que a ambulância chegasse. Algo que não valeu de muito, dado que a PSP foi simplesmente forçada a mudar o local da detenção: o agressor encontra-se, agora, detido e sob custódia policial no hospital, "sob cuidados médicos e em situação estável".
Já arma usada pelo suspeito foi apreendida, bem como três invólucros de calibre, e a PSP reforçou o dispositivo naquela área de Castelo Branco, "para evitar quaisquer potenciais situações de desordem pública".