05 set, 2022 - 13:58 • Lusa
Cinquenta e uma pessoas foram detidas durante os meses de junho, julho e agosto pela prática de crimes de roubo em zonas de diversão noturna lisboetas, avançou hoje o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.
Segundo o comunicado da polícia, os 51 suspeitos por roubo foram detidos, na sua maioria, em flagrante delito e na zona da Baixa, onde as ações de vigilância e patrulhamento das autoridades têm vindo a aumentar.
As detenções da PSP, é referido, não só permitiram a apresentação dos detidos às autoridades judiciárias competentes, como a recuperação dos bens roubados e a sua entrega às vítimas dos crimes.
Em julho, a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia instou o município a retomar as medidas de limitação do consumo de álcool na via pública, considerando essenciais para reforçar a segurança noturna.
A tomada de posição de Carla Madeira, do Partido Socialista, surgiu na sequência do pedido do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, ao Governo para criar postos de polícia móveis para zonas turísticas mais problemáticas da cidade, onde se têm registado problemas de violência.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, que abrange zonas de diversão noturna como o Bairro Alto, Bica e Cais do Sodré, considerou importante o reforço de policiamento, mas ressalvou que este não será eficaz se não for combatida a “origem do problema da insegurança”.
A cidade passou a ter no final de julho uma Unidade Móvel de Atendimento da PSP, uma carrinha de policiamento de proximidade destinada a passar por “locais emblemáticos” onde há maior concentração de pessoas, inclusive zonas de diversão noturna.
“O objetivo é aumentar a proximidade com os cidadãos, disponibilizando não só informações como também a possibilidade de qualquer pessoa efetuar uma denúncia, seja ela qual for, dentro desta unidade”, afirmou Tiago Fernandes, comissário do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública, numa apresentação aos jornalistas, sem a presença de membros do Governo ou do município.
Questionado sobre se esta foi uma resposta ao apelo de Carlos Moedas, o comissário afastou a ideia: “É uma valência que será utilizada e que tem vindo a ser utilizada, não é mais um reforço daquilo que nós temos vindo a fazer nos projetos de proximidade junto da população e junto, por exemplo, da diversão noturna, que há bem pouco tempo foi bastante reforçado.”