08 set, 2022 - 13:23 • Beatriz Lopes com redação
A Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas, pediu, esta quinta-feira, aos hospitais que “liberalizem um bocadinho mais” as visitas aos doentes. O apelo foi deixado pela responsável durante uma visita ao centro de vacinação da Ajuda, em Lisboa.
Graça Freitas lembra que a norma da DGS apenas se limita aconselhar “medidas que evitem a transmissão de doenças” pelo que há margem para menos restrições nas visitas.
“Apelo a que, de facto, liberalizem um bocadinho mais as visitas aos doentes. As pessoas que estão internadas têm de ter um mecanismo de controlo de infeção, não é restrição das visitas”, defende. Não é a Direção Geral da Saúde que limita as visitas, mas pede aos conselhos de administração que organizem todo o seu circuito para evitar infeções”, explica a responsável.
Numa altura em que a participação na campanha sazonal de vacinação, que ronda os 50%, tem ficado aquém do esperado, a responsável pela DGS apelou, ainda, aos portugueses para que “não faltem” à chamada para a vacinação contra a gripe e a Covid-19.
“Quem receber o agendamento não falte, só se tiver um motivo de força maior, se tiver doente ou um impedimento”, pede Graça Freitas.
“Primeiro, porque quando as pessoas são chamadas é altura ideal para serem vacinadas e ficarem protegidas”, explica a responsável que lembra que para o processo de vacinação são mobilizados “muitos recursos” e “temos de ter consideração que os recursos em saúde devem ser bem utilizados”, explica a Diretora Geral da Saúde que garante a segurança das novas doses da vacina.
“As pessoas estão tranquilas quanto ao passado e agora ouvem dizer que há umas novas vacinas adaptadas e têm dúvidas. Fiquem completamente tranquilas. As vacinas atuais são tão seguras quanto as anteriores”, assegura.
"Toda a base da vacina é exatamente a mesma, tem mais um componente que está adaptado às variantes que estão a circular neste momento e essa é a mais-valia que tem. Em termos de segurança, é excelente e, em termos de eficácia, já tem componentes para as sublinhagens da variante Ómicron que está a circular neste momento", acrescenta a Diretora Geral da Saúde.
Quanto à falha de cibersegurança detetada na plataforma da DGS que expôs informação detalhada dos utentes, Graça Freitas, em declarações à Renascença, não se quis alongar, mas explicou que se tratou de “uma vulnerabilidade” que “já foi corrigida”.
A falha informática detetada e corrigida em março na plataforma do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Sinave) permitia o acesso aos dados pessoais dos portugueses incluindo nome completo, morada, data de nascimento, número de telefone, data de nascimento e Número de Identificação Fiscal (NIF).
Lançada em 2014 pela Direção-Geral da Saúde (DGS), a plataforma é usada pelos médicos para registarem situações de risco e as chamadas “doenças de declaração obrigatória”.