14 set, 2022 - 20:25 • Redação
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) admite que a chuva intensa pode prejudicar as vindimas.
Depois de um período de seca extrema, que obrigou alguns produtores a anteciparem as colheitas, Eduardo Oliveira e Sousa admite, em declarações à Renascença, que, embora benéfica, nesta altura a chuva preocupa os agricultores.
“A humidade associada ao período em que se está a colher ou, numa fase ainda de maturação, pode trazer problemas quase que momentâneos pela associação de calor com a humidade. Por isso, o ambiente fica propício ao desenvolvimento de fungos e esses fungos podem prejudicar todo o processo de vinificação a que a uva vai ser sujeita”, diz o presidente da CAP.
Contudo, Oliveira e Sousa, considera “benéfica” a chuva que tem caído nos últimos dias, “principalmente depois de um período tão grande com ausência de chuva”.
A previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera para o fim de semana aponta para o regresso do calor.
“Se a humidade baixar, o facto de haver mais uns dias com temperaturas acima de 25 graus já não vai provocar grandes diferenças na maturação das uvas e, portanto, todas as uvas anteciparam a sua maturação por causa da ausência muito prolongada de chuva e temperaturas muito elevadas durante o verão. Por isso é que as vindimas começaram mais cedo”, conclui o presidente da CAP.