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Cerca de 400 polícias municipais protestam em Lisboa por melhores salários

14 set, 2022 - 14:31 • Lusa

Além da manifestação, o Sindicato de Nacional das Polícias Municipais também convocou uma greve que, esta manhã, já contava com 90% de adesão e mais de 20 esquadras encerradas.

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Algumas centenas de polícias municipais partiram, às 12h05 desta quarta-feira, do Largo de Santos em direção à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, num protesto para exigir melhores salários e a regulamentação da carreira.

A encabeçar a manifestação está um caixão que representa “a marcha meio fúnebre” em que os polícias municipais se encontram, disse o vice-presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Marco Santos, no início da marcha.

“Estamos já numa de velório perante a inação governativa”, acrescentou. Segundo o sindicalista, apesar da chuva, estão no protesto cerca de 400 polícias municipais de todo o território continental e ainda seis elementos de Ponta Delgada, nos Açores.

Também autoridades no local estimaram à Lusa a presença de entre 400 a 500 manifestantes.

Além do protesto, os polícias municipais estão hoje numa greve de 24 horas, cuja adesão, às 09h30, rondava os 90%, estando mais de 20 esquadras encerradas, segundo disse à agência Lusa o presidente do SNPM, Pedro Oliveira.

De acordo com o sindicalista, os agentes sentem-se “desrespeitados e menosprezados”, uma vez que “a sua carreira profissional não está a ser valorizada", com os profissionais a auferir “um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional”.

“A carreira dos polícias municipais no regime geral está por regulamentar desde 2009. Estamos há 13 anos a aguardar pela regulamentação. Nasceu com salários muito parcos, as progressões são lentas e as alterações de escalão muito baixas”, descreveu Pedro Oliveira, acusando os diferentes governos de se “esquecerem” destes agentes, ao contrário do que acontece com outros grupos profissionais.

“É a polícia mais barata que existe. Não existe na Europa polícia que ganhe menos e que tenha menos respeito por parte da entidade patronal, administração pública. Isto em termos de inflação, agora, torna-se totalmente insuportável”, alertou.

Atualmente, existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país. No dia 3 de outubro, o SNPM será recebido pelo secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel.

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