Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Inquérito aos Comandos. Ministra espera conclusões nas próximas duas semanas

20 set, 2022 - 14:13 • Liliana Monteiro

Helena Carreiras diz estar a acompanhar o estado de saúde do instruendo que foi transplantado depois de se ter sentido mal durante uma prova de Marcor no curso de Comandos. Sublinha que averiguações em curso devem ser rápidas mas muito precisas.

A+ / A-

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, acredita que estarão para breve informações sobre o que terá acontecido no 138.º curso de Comandos que levou à hospitalização de seis militares, um deles sujeito a um transplante de fígado, tendo os restantes tido alta quase imediata.

Questionada sobre quando se saberá o que aconteceu, a governante afirma que “há investigações em curso que têm de ser precisas e minuciosas”.

“Sei que será breve, tenho esperança que nas próximas uma a duas semanas possa ter já alguns resultados do inquérito urgente do Exército bem como da inspeção técnica ao curso, que permitirá aferir o que aconteceu”, declarou Helena Carreiras.

A ministra já tinha dito que em função do averiguado pelas investigações, e sem precipitações, iria decidir se havia motivos, ou não, para agir rapidamente.

Questionado pela Renascença, o Exército responde que, “neste momento, encontra-se ainda a decorrer um Processo de Averiguações e uma Inspeção Técnica Extraordinária, cujas conclusões serão apuradas com brevidade, mas com a máxima precisão”. Sublinhado que nesta altura não há qualquer informação que possa ser prestada dado o “caráter confidencial dos processos”.

O incidente no 138.º curso de Comandos ocorreu no passado dia 7 de setembro, altura em que durante o treino, uma marcha corrida, num dia quente, um dos jovens se sentiu mal no terreno, outro já no período de descanso e mais quatro após uma ronda de avaliação clínica já no período noturno.

Ao dia de hoje, mantém-se internado apenas um dos militares. Dois dias depois de entrar em colapso durante a prova, o instruendo foi transferido de hospital tendo sido submetido a um transplante do fígado.

A última informação clínica dá conta de que “o militar do Exército internado foi transferido da Unidade de Cuidados Intensivos para o Serviço de Transplantação do Hospital de Curry Cabral, resultante da sua situação clínica estabilizada, continuando a evidenciar uma progressiva melhoria do seu estado de saúde”.

A ministra falava à margem da apresentação do Plano Setorial da Defesa Nacional para a Igualdade, que prevê um “reforço do trabalho da defesa à causa da igualdade porque é na diversidade que cumprimos melhor a nossa missão”.

Helena Carreiras explicou que o objetivo é “consolidar o trabalho que vem sendo feito”, embora reconheça que há trabalho a fazer e ter leis e regras iguais para homens e mulheres não deve fazer baixar os braços, “os progressos não são adquiridos e a continuidade faz-se com o reforço de políticas".

As metas do plano passam pela “conciliação entre o trabalho, família e vida pessoal, com medidas concretas; criação de uma cultura anti-discriminação, e aí apostamos muito na formação para preparar mentalidades, apostamos na diversidade que é uma condição para sermos mais criativos”, disse a ministra.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Já resolveu problema
    20 set, 2022 País 15:09
    E a fuga de informações secretas da NATO encontradas à venda na dark web? E a Artilharia sem munições para treinar? E a Marinha com quase metade dos efetivos parados por falta de manutenção? E o exército sem equipamentos ou com equipamentos sem poderem ser utilizados por falta de manutenção? E a Força aérea sem pilotos nem dinheiro para o combustível? Está a resolver estes problemas ou continua preocupada com a ideologia de género nas Forças Armadas?

Destaques V+