22 set, 2022 - 18:24 • Teresa Paula Costa
O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude 2023 disse nesta quinta-feira, em Fátima, esperar a colaboração de sindicatos e ordens profissionais para que, em termos de mobilidade, não haja problemas, como greves e manifestações, e haver suficientes transportes para responder às necessidades dos milhares de jovens que participarão no evento.
Para D. Américo Aguiar, que falava à margem das Jornadas das Comunicações Sociais, que começaram em Fátima, “todos temos de estar disponíveis e há profissionais de várias áreas que vão ter trabalho suplementar”.
“Eu acredito que todos acolherão o desafio de coração aberto” disse o bispo auxiliar de Lisboa, que adiantou que “trabalhámos com o Governo e entidades diversas para proporcionar o maior conforto nalguns serviços do Estado”.
Na conferência de abertura das jornadas, D. Américo Aguiar revelou que o evento está já a ter impacto na população e deu o exemplo de duas crianças carenciadas a quem a Fundação ofereceu dois dos seus computadores para que elas pudessem ter acesso às aulas online.
Além disso, contou o bispo, a realização da JMJ em Portugal está a incentivar a recuperação de espaços da Pastoral da Juventude que estavam degradados em algumas dioceses.
Por outro lado, no final do evento, as obras na zona ribeirinha de Loures vão continuar para que seja criado um espaço verde. Para o bispo, este investimento “não tem preço” e vai ser uma marca deste encontro em Portugal. “A população de Loures vai reconquistar a sua relação com Tejo”, acrescentou.
A ecologia e a pegada ecológica são duas das preocupações da organização da Jornada Mundial da Juventude.
Reconhecendo que o telemóvel e a internet são fundamentais para os jovens, D. Américo Aguiar sugere um desafio aos participantes: “para carregares um telemóvel tens de colecionar uma recolha de lixo reciclável” ou “para teres dados tens de fazer uma tarefa que significa ajudar em alguma coisa que, ecologicamente, tem retorno imediato”.
O presidente da Fundação JMJ desafiou também outras organizações a promoverem “nesta janela de tempo” outras iniciativas que envolvam os jovens.
D. Américo Aguiar sugeriu a realização “da Assembleia Geral das Nações Unidas constituída por jovens, do Parlamento Europeu Jovem e da comissão Europeia Jovem, um G8 ou um G20, com jovens desses países pois eles estão cá”. Para o bispo, “é importante estimularmos a vocação para uma cidadania pró-ativa política da parte dos jovens”.
Questionado na conferência sobre os aspetos financeiros do evento, o presidente da Fundação disse que se houver receita esta será canalizada para projetos de jovens.
D. Américo Aguiar lembrou o espaço Sede que nesta quinta-feira é inaugurado em Lisboa e que “todos os jovens” podem frequentar, para ler, estudar, conviver ou desenvolver outras atividades. Um espaço que permanecerá depois da Jornada Mundial da Juventude.
Subordinadas ao tema: “Comunicar a JMJ”, as jornadas nacionais das comunicações sociais decorrem até esta sexta-feira em Fátima, com a presença de perto de uma centena de pessoas ligadas à comunicação social.