26 set, 2022 - 14:09 • Lusa
O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que vão entrar na Polícia Judiciária (PJ), até 2026, mais 1100 elementos efetivos, reforçando as carreiras de inspeção e investigação criminal, de especialista de polícia científica e especial de segurança.
António Costa fez este anúncio na parte final do seu discurso na cerimónia de aceitação de 97 novos inspetores da PJ, em Lisboa, numa sessão em que também usaram da palavra o diretor nacional desta polícia, Luís Neves, e a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
“Temos de assegurar continuidade e previsibilidade na gestão da PJ. Na terça-feira, será publicada uma portaria da ministra da Justiça e do ministro das Finanças [Fernando Medina] definindo o quadro plurianual de ingressos na PJ até 2026”, declarou o líder do executivo.
Na sequência deste passo, de acordo com o primeiro-ministro, “até 2026, na carreira de inspeção e investigação criminal entrarão mais 750 efetivos”.
“Na carreira de especialista de polícia científica serão mais 250 efetivos e na carreira especial de segurança mais 100 efetivos”, completou António, tendo a escutá-lo a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, entre outros responsáveis de instituições de segurança, defesa e informações.
Face a este previsível reforço, o primeiro-ministro defendeu que é possível concluir que a PJ “continuará a estar dotada dos recursos humanos que necessita para continuar a fazer aquilo que sempre tem feito com mais meios ou com menos meios, com maior dedicação ou com um esforço mais partilhado entre todos”.
Na sua intervenção, António Costa apontou que, desde 2019, até agora, “verificou-se já um reforço de 355 efetivos só na carreira de investigação criminal da PJ”.
“É absolutamente fundamental continuar a investir na segurança interna e, designadamente, na PJ. Esse investimento são ferramentas legislativas, são melhorias de instalações, melhores meios para perícias, para o laboratório, e nos sistemas de investigações”, declarou.
No entanto, logo a seguir, o líder do executivo deixou uma advertência: “Mas nada disto funciona sem um elemento central que tem a ver com os recursos humanos da PJ”, especificou.