28 set, 2022 - 13:58 • Lusa
A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia Judiciária (PJ) detiveram este ano 151 pessoas pelo crime de incêndio florestal, mais do dobro do que em 2021.
Numa audição conjunta nas comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e de Agricultura e Pescas sobre os incêndios que deflagraram durante este ano, o ministra da Admnistração Interna, José Luís Carneiro, precisou que a GNR deteve 70 pessoas pelo crime de incêndio florestal e a PJ 81.
"Um número que mais do que duplicou em relação a 2021", disse.
O ministro indicou também que até esta semana foram registadas 10.923 situações de incumprimento, o que deu lugar a mais de 2.000 processos de contraordenações.
"Do ponto de vista da sensibilização, da fiscalização e do exercício da autoridade da administração interna foi feito aquilo que compete", afirmou, em resposta aos deputados sobre um balanço da atividade das forças policiais na prevenção dos incêndios.
O deputado do Chega Pedro Frazão apelidou os incendiários de "terroristas domésticos" e questionou o ministro sobre quando é que Portugal vai ter penas "mais graves" para quem comete este tipo de crime, considerando que devida ficar na "cadeia durante as alturas do fogo".