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OSCOT estranha Governo não saber se existem esquadras ilegais chinesas em Portugal

29 set, 2022 - 20:05 • Núria Melo com Redação

Bacelar Gouveia lembra que há direitos humanos em causa e que as autoridades portuguesas deveriam estar a agir para defender os cidadãos estrangeiros em Portugal.

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O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) estranha que o Governo não saiba se há esquadras ilegais chinesas a operar em Portugal e defende que isso deve preocupar o Executivo.

A denúncia partiu da Safeguard Defenders, uma organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos, com sede em Madrid e foi esta tarde levada ao Parlamento pelo deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo. Segundo o deputado, a ONG indica que as esquadras se destinam a repatriar cidadãos chineses.

A organização afirma que mais de 230 mil chineses foram "persuadidos a regressar" à sua terra natal, um pouco por todo o mundo.

Ao todo a ONG diz que há 54 esquadras, em cinco continentes distintos. Três delas, supostamente, poderão existir em Portugal.

Na resposta, o primeiro-ministro diz não ter conhecimento do caso e recomenda a Cotrim de Figueiredo que faça chegar a denúncia à Procuradoria-Geral da República.

À Renascença, Jorge Bacelar Gouveia, presidente do OSCOT, refere que "há instituições que acompanham estes fenómenos trágicos e de usurpação de poder" e que é bizarro o Governo não estar a par destes casos.

"Estes fenómenos não são secretos. São coisas que acontecem na rua. Temos serviços que devem acompanhar este tipo de movimentos e este tipo de grupos deliquentes que estão a pôr em causa a autoridade do Estado", aponta.

Bacelar Gouveia lembra que há direitos humanos em causa e que as autoridades portuguesas deveriam estar a agir para defender os cidadãos estrangeiros em Portugal.

"Sendo chineses, têm em Portugal praticamente todos os direitos de um português. É necessário que haja a frente policial, a frente de investigação criminal e a frente da segurança do Estado, para agir" conclui.

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