29 set, 2022 - 14:30 • Ricardo Vieira, com redação
As buscas na sede da presidência do Conselho de Ministros não visaram membros do Governo. A garantia foi deixada esta quinta-feira pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas.
“As buscas foram ao nível dos serviços, não incluíram buscas em membros do Governo. Os órgãos de polícia criminal e as autoridades judiciárias estão a fazer o seu trabalho dando confiança a todos as portuguesas e portugueses e que, independentemente das instituições, a sua atividade é integralmente escrutinada”.
O Governo diz estar a acompanhar com “serenidade e seriedade” as buscas que estão a decorrer em vários locais do país, incluindo na sede da presidência do Conselho de Ministros. Em causa estão crimes de corrupção.
“Obviamente que a atitude da presidência do Conselho de Ministros é de total cooperação com as autoridades. Vamos acompanhar com seriedade, mas também com serenidade o desenvolvimento desta investigação”, declarou esta quinta-feira o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
O alvo principal da operação é o secretário-geral (...)
André Moz Caldas apela à celeridade nas investigações e esclareceu que nenhum membro do Governo foi visado nas buscas realizadas esta sexta-feira.
“Procurar, depois do levantamento do segredo de justiça, conhecer o seu conteúdo, mas neste momento a única coisa que esperamos é celeridade para que o prestígio das instituições não sai afetado e que o funcionamento da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e das 91 entidades que ela serve possa não ser afetado por aquilo que é o normal funcionamento da atividade judiciária”, salientou André Moz Caldas.
A Polícia Judiciária está esta quinta-feira a fazer buscas na sede da Presidência do Conselho de Ministros.
O alvo principal da operação é o secretário-geral, David Xavier, que está sob suspeita de corrupção e outros crimes associados à violação de regras de contratação pública a empresas privadas, de bens e serviços para o Governo, avança a CNN Portugal.
A Procuradoria Geral da República (PGR) confirma que estão a ser investigados contratos de prestação de serviços, entre o Estado e empresas privadas, celebrados por ajuste direto.