01 out, 2022 - 17:49 • Lusa
A Câmara de Faro vai reabrir as piscinas municipais na segunda-feira, depois de dois meses encerradas para poupar água e fazer frente à seca que afeta a região, anunciou este sánado a autarquia do Algarve.
O encerramento das piscinas municipais em julho e agosto tinha sido adotado pelos 16 municípios da região, no âmbito das medidas de combate à seca aplicadas pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), mas agora a Câmara de Faro decide voltar a abrir os seus equipamentos, embora uma "avaria em fase de resolução" impeça a utilização dos duches, sublinhou a autarquia num comunicado.
"Os utilizadores vão dispor de novas e melhores condições com a instalação de novos equipamentos, nomeadamente jacúzi, sauna e banho turco, que complementarão os serviços prestados. A sua instalação foi realizada durante o período da pandemia, com o objetivo de dotar as piscinas municipais de Faro de uma mais ampla oferta de atividades", anunciou também o município algarvio.
A mesma fonte considerou que a "avaria" na base do impedimento de utilização dos duches poderá ser "solucionada com brevidade", mas alertou que o trabalho está "dependente" das "limitações e prazos impostos pela Lei da Contratação Pública e pelas contingências resultantes da situação internacional" que "dificultam a aquisição de materiais e equipamentos".
A Câmara de Faro junta-se assim à Câmara de São Brás de Alportel, que anunciou também a reabertura das piscinas municipais cobertas em outubro, mas implementando ao mesmo tempo medidas de reutilização de água para evitar gastos em período de seca extrema.
A reabertura das piscinas em São Brás de Alportel também acontecerá na segunda-feira e serão realizadas as "atividades regulares com vista à promoção da saúde e bem-estar da comunidade", precisou o município na quinta-feira. .
A mesma fonte frisou nessa ocasião que estas atividades serão acompanhadas de uma "intensificação da sensibilização dos utilizadores para a necessidade do uso eficiente da água e medidas de reutilização de águas em período de seca extrema no distrito".
Os municípios do Algarve tinham anunciado a 03 de setembro que iriam manter as piscinas encerradas durante o mês de setembro para preservar os recursos hídricos, reduzidos pela seca que atinge a região.
A decisão adotada em setembro no seio da AMAL prolongou as medidas de combate à seca adotadas pelos municípios da região a 15 de julho e que incluíam o encerramento das piscinas municipais públicas em agosto, a paragem de fontes ornamentais, a redução dos dias de rega, a interrupção da rega dos espaços verdes públicos relvados ou a sua reconversão por espécies autóctones e com menores necessidades hídricas.
O Algarve atravessa, como grande parte de Portugal, um período de seca prolongada e o presidente da AMAL, António Miguel Pina, já alertou para as dificuldades que a falta de água pode causar no distrito caso os níveis de pluviosidade não melhorem no próximo ano.
"Se o próximo ano hidrológico for igual, a água pode mesmo vir a escassear nas torneiras dos algarvios, em outubro de 2023", advertiu então o também presidente da Câmara de Olhão.
MHC // PJA.
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