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S. Francisco Xavier

Detidas suspeitas de agressão a médica obstetra. Juiz proíbe-as de frequentarem o hospital

07 out, 2022 - 15:46 • Lusa

Alegadas agressoras, de 18 e 38 anos, ficam em liberdade, mas estão proibidas de contactarem com a vítima e de frequentarem o S. Francisco Xavier. Só poderão deslocar-se àquele hospital caso necessitem de apoio médico.

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A PSP deteve esta sexta-feira duas utentes do Hospital de São Francisco Xavier que, no mês passado, agrediram uma médica na urgência daquela unidade hospitalar de Lisboa, disse à agência Lusa fonte do Comando Metropolitano da PSP.

Segundo adiantou a mesma fonte, as duas agressoras foram já presentes a um juiz de instrução criminal, que lhes aplicou medidas de coação não privativas da liberdade, designadamente apresentações mensais na esquadra da residência, proibição de contactos com a vítima e proibição de frequentar o Hospital de São Francisco Xavier, com exceção de necessidade de algum ato médico.

Dados recolhidos pela PSP indicam que as agressoras têm 38 e 18 anos de idade.

Em 27 de setembro, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denunciou a agressão a uma médica na urgência do Hospital de São Francisco Xavier.

A obstetra, que cumpria uma prestação de serviços na urgência do hospital, foi agredida e ficou de baixa no dia seguinte por não estar em condições de ir trabalhar, conforme referiu o SIM, que se solidarizou com a médica e a quem disponibilizou apoio jurídico.

Em março, a PSP anunciou que registou 961 situações de violência em hospitais e centros de saúde em 2021, mais 16% do que em 2020.

A PSP indicou também que cerca de 65% da violência registada é praticada por utentes, 21% pelos familiares ou acompanhantes dos doentes, 13% por profissionais de saúde e 1% por visitantes ou outras pessoas.

A comarca de Lisboa registou 23 inquéritos crimes contra profissionais de saúde em 2021, um crime que o Mistério Público tinha alertado em 2020 para a tendência acentuada de aumento.

Os profissionais da saúde que notificam mais casos de violência são os enfermeiros e os médicos e a maioria das situações são de violência verbal e física.

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