Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Bastonário defende salvaguarda do interior na proposta de concentração de urgências

13 out, 2022 - 11:43 • Lusa

"Nenhum serviço de obstetrícia e blocos de partos do SNS fecha até final do ano", garantiu o ministro da Saúde.

A+ / A-

O bastonário da Ordem dos Médicos alerta para a necessidade de estarem "sempre salvaguardadas" as regiões mais periféricas do país, quando se propõe a concentração das urgências de obstetrícia e ginecologia.

"Têm de estar sempre salvaguardadas as regiões mais periféricas. É fácil pensar em grandes regiões metropolitanas como Lisboa e Porto, por exemplo, e conseguir fazer concentração em determinado tipo de horários. [...] Isso já não é possível pensar para zonas periféricas no interior, mas também no Algarve, que apesar de não ser interior fica na periferia do país", afirmou Miguel Guimarães, que falava aos jornalistas antes de participar na abertura do Congresso Internacional "Scientiae thesaurus mirabilis: A Universidade de Coimbra - História e legado em tempo de pandemia", que decorre em Coimbra.

De acordo com uma noticia avançada pelo Expresso, o grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional do Centro.

Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro garantiu que não será fechado nenhum serviço de obstetrícia e blocos de parto nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até ao final do ano, sendo que a decisão só deverá ser tomada no início de 2023.

"Esta é uma situação que deveria ser esclarecida pela comissão de acompanhamento, de como é que saem dados cá para fora sem a respetiva fundamentação, sem a respetiva explicação do porque é que pode ser assim, sem falarem com os vários intervenientes envolvidos, incluindo as câmaras municipais, que têm um papel importante nesta matéria", disse hoje Miguel Guimarães.

Confrontado com o facto de o ministro ter remetido a decisão sobre a concentração de serviços para a direção executiva do SNS, Miguel Guimarães realçou que a direção executiva fará "uma proposta concreta", mas será sempre o Ministério da Saúde a tomar a decisão.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+