13 out, 2022 - 13:51 • Cristina Nascimento com Lusa
O ministro da Educação condena o ataque de que foi alvo uma professora em Vila Verde, agredida por 10 mulheres.
"Quero expressar o meu apoio e solidariedade à Professora que foi agredida na Figueira da Foz. Todos os atos de violência são injustificáveis e inaceitáveis", escreve João Costa, num comunicado enviado às redações.
No documento, João Costa considera ainda que a "a agressão a um Professor constitui um ataque aos que mais contribuem para o desenvolvimento humano".
"Todos os cidadãos, todas as famílias e comunidades, devem dar o exemplo de respeito pelos professores, reconhecendo-lhes o seu papel inestimável e a sua autoridade", remata.
O caso aconteceu na terça-feira, no Centro Escolar de Vila Verde, na Figueira da Foz. Ao que a Renascença apurou junto de fonte policial, a vítima foi agredida com murros e pontapés e arrastada pelos cabelos, por 10 mulheres, aparentemente mães de alunos.
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) também condenaram esta agressão.
As duas estruturas exigiram medidas claras contra a violência exercida sobre os professores e o anúncio de medidas concretas destinadas a prevenir futuras situações e a apoiar as vítimas.
"Esta necessidade não deve esgotar-se no contacto com a docente agredida, mas terá de incluir os adequados apoios, designadamente no plano psicológico, material e jurídico", referiram, em comunicado.
Aquelas organizações condenaram veementemente "mais este ato de violência extrema", manifestaram "forte repúdio" e lembraram que, nos últimos anos, foram conhecidos atos de violência sobre docentes, perpetrados por alunos ou familiares, "que mereceram sempre a firme condenação".
Relativamente aos casos de agressão, as duas estruturas lamentaram que a reação do Ministério da Educação tenha sido "frouxa, tendo em conta a gravidade dos acontecimentos", e reclamaram medidas que combatam o problema e tornem a escola um espaço de sã convivência entre todos os que integram a comunidade educativa.
"Este tipo de episódios não é alheio à continuada desvalorização da profissão docente e ao profundo desrespeito pelos professores que as próprias entidades públicas têm vindo a permitir ou a promover, com graves consequências no plano social, nomeadamente na imagem dos profissionais", sublinharam.
Segundo o comunicado, a Fenprof tem apresentado um conjunto de propostas ao ministério que, no entanto, não têm obtido acolhimento, destacando-se a classificação da agressão a docentes como crime público, a disponibilização de apoio jurídico ou, ainda, o reforço de pessoal auxiliar e outro nas escolas.