14 out, 2022 - 13:08 • Liliana Monteiro , Diogo Camilo
A Frente Comum criticou esta sexta-feira a proposta do Orçamento do Estado para 2023, considerando que fica “muito aquém” face à perda de poder de compra para este ano.
Na reunião suplementar realizada esta manhã com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o sindicato fala numa “proposta de empobrecimento” e refere que o Governo “podia ter ido muito mais longe”.
“A proposta concreta não existe, o que sabemos é o que está inscrito no Orçamento do Estado, que são 142 milhões de euros para atualizar as bases das tabelas de assistente técnico e assistente operacional. Esse valor é absolutamente insignificante, face à necessidade de valorização dessas carreiras”, disse Sebastião Santana, à saída da reunião.
Questionado sobre se uma greve pode acontecer ainda este ano, o dirigente sindical indicou que estas “podem perfeitamente” e que assim que houver uma posição concreta sobre a questão, será tornada pública.
Na proposta do OE para 2023, o Governo tem proposto um aumento médio de 3,6% do salário base na função pública, além de 43 cêntimos diários de subida no subsídio de refeição e 1,2% através de promoções e progressões na carreira, para um ganho médio de 5,1%.
No entanto, a inflação prevista pelo Ministério das Finanças para o final do ano é de 7,4% e dados do INE colocavam a taxa em setembro nos 9,3%, muito acima dos aumentos nos salários dos trabalhadores.