17 out, 2022 - 12:48 • Olímpia Mairos , com Redação
A Metro Transportes do Sul (MTS) disse esta segunda-feira ter sido surpreendida com um pré-aviso de greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas e alertou para a possibilidade de “fortes perturbações no serviço”, a partir das 17h00 de terça e até sexta-feira.
À Renascença, Cristina Vasconcelos, administradora da Metro Transportes do Sul, lamenta que a greve tenha avançado e garante que a empresa sempre se mostrou disponível para negociar com os maquinistas da MTS.
“Houve proposta da MTS e realizámos uma reunião na qual a MTS mostrou toda a disponibilidade para negociar aquilo que eram as reivindicações do sindicato”, diz a administradora, acusando o sindicato de “uma total intransigência” ao “manter a greve”.
“O pré-aviso abrange os dias 18, 19, 20 e 21 de outubro, sendo que nos dias 18 e 21 é relativamente ao trabalho suplementar e nos dias 19 e 20 é todo o serviço. Portanto, nós prevemos fortes perturbações no serviço normal prestado nos dias 19 e 20 e a partir das 17h00 do dia 18”, explica.
A empresa que serve os concelhos de Almada e Seixal diz aguardar agora pela definição de serviços mínimos.
À Renascença, o presidente do Sindicato dos Maquinistas, António Domingues, confirma que houve uma proposta por parte da empresa, mas que não passou de uma "manobra dilatória".
"Houve uma reunião a pedido da MTS na semana passada, mas foi mais uma manobra dilatória para tentarmos desmarcar a greve, sem que tenha havido propostas concretas. Houve promessas vãs, mas desse tipo de promessas os trabalhadores já estão fartos. Os trabalhadores da MTS querem propostas concretas que vão ao encontro desta escalada inflacionária a que assistimos", afirma António Domingues.
"Não temos qualquer proposta formal da empresa. Nós apresentámos propostas concretas que aumentassem o poder de compra dos trabalhadores e aquilo que exigimos também é a negociação de um acordo de empresa efetivo", refere o sindicalista.
O Sindicato dos Maquinistas diz continuar "disponível para dialogar", sublinhando que a greve é "sempre o último recurso" e que "não há nenhum sindicato que parta para uma greve de ânimo leve".
[notícia atualizada às 17h36 - com declarações do Sindicato dos Maquinistas]