19 out, 2022 - 04:21 • Lusa
A iraniana Sahar juntou-se à ação de protesto que decorreu na noite de terça-feira, em frente à embaixada do Irão em Lisboa para deitar abaixo o regime que "há 43 anos asfixia e mata iranianos todos os dias".
Sahar, uma iraniana, de 32 anos, que se encontra em Lisboa de passagem, disse à agência Lusa que não podia deixar de se associar à iniciativa que hoje reuniu ucranianos e iranianos em protesto contra o fornecimento de armas pelo regime do Irão ao governo russo de Vladimir Putin.
"A intenção última é deitar abaixo um regime de trevas que há 43 anos mata todos os dias cidadãos iranianos", disse Sahar, numa alusão à revolução iraniana que impôs o regime islâmico do aiatola Khomeinei.
Um regime "terrorista" tal como o de Vladimir Putin, na Rússia, que com os drones-kamikazes que recebe do Irão está a matar ucranianos todos os dias.
Já para Pavlo Sadokha, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, a manifestação desta noite em frente à embaixada do Irão, em Lisboa, pretendeu protestar contra o "fornecimento dos drones-kamikaze por parte do Irão à Federação Russa".
A Rússia está a "usar estes drones para matar ucranianos, para destruir as infraestruturas da Ucrânia", disse Sadokha, acrescentando que também já foi divulgada uma informação pelos serviços secretos do Ocidente a dar conta da possibilidade de fornecimento de mísseis balísticos iranianos à Rússia.
E isso irá "causar muito sofrimento e muita destruição na Ucrânia", frisou.
O responsável pela associação de ucranianos em Portugal disse ainda ter conhecimento de estarem a ser realizados protestos semelhantes noutras cidades europeias - na segunda-feira decorreu na Polónia, hoje, em Roma -- de modo a chamar a atenção dos governantes dos países europeus para o "genocídio" que está a acontecer na Ucrânia.