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Governo reage a buscas na Administração Interna. É preciso deixar a justiça atuar

20 out, 2022 - 14:12 • Teresa Paula Costa

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O fenómeno da corrupção preocupa o Governo e agora é preciso deixar o espaço para a justiça atuar. É assim que o secretário de Estado da Presidência responde quando confrontado com a notícia sobre as buscas da Polícia Judiciária à Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna relacionadas com a rede de comunicações SIRESP.

André Moz Caldas considera que "o fenómeno corruptivo preocupa o Governo como deve preocupar todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos e todos os cidadãos e as cidadãs".

Por isso, "o Governo não fica nunca preocupado de ver o sistema de justiça a funcionar com o qual nestas e em todas as outras matérias tem sempre a cooperado muito ativamente".

Portanto, conclui André Moz Caldas, "é deixar o espaço para a justiça funcionar e aguardar também os tempos devidos para que ela possa produzir os seus resultados".

A Polícia Judiciária (PJ) está a fazer buscas na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, em quatro empresas e três residências particulares.

As buscas estão relacionadas com os contratos com a rede de emergência do Estado SIRESP, segundo informação revelada nesta terça-feira pelo Ministério Público.

Segundo a nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a investigação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

As buscas domiciliárias e não domiciliárias decorrem em vários locais e visam "a recolha de prova relacionada com eventuais favorecimentos de indivíduos e/ou entidades particulares, em detrimento do interesse público, através de adjudicação de contratos relacionados com o SIRESP".

A Altice Portugal foi também uma das visadas pelas buscas que estão a ser realizadas e que terão por base alegados crimes de tráfico de influência, corrupção passiva ou ativa.


Em causa estarão os crimes de tráfico de influência, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e prevaricação.

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