21 out, 2022 - 22:27 • João Malheiro
O investigador do Instituto de Medicina Molecular, Miguel Castanho, considera que as linhagens BQ.1 e BQ.1.1 da variante Ómicron da Covid-19 não dão, por agora, "motivos de grande preocupação".
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou, esta sexta-feira, para a existência de uma nova linhagem que pode passar a ser dominante na Europa até dezembro.
À Renascença, Miguel Castanho admite que pode "haver um aumento de transmissibilidade", mas nada indica que, nesta subvariante, "a severidade da doença seja maior".
"Pode haver um aumento de casos, mas não de casos graves", realça.
O especialista indica que se, de facto, houver um ressurgimento considerável de casos, "quer por causa desta subvariante ou de outra", o retomar de medidas de prevenção contra a Covid-19 "é uma possibilidade que tem de estar sempre em cima da mesa".
O investigador refere que "já vimos aumentos súbitos de casos em dezembro e janeiro e não podemos garantir que isso não aconteça agora".
Miguel Castanho junta-se também às críticas feitas ao alívio de medidas antes do inverno, defendendo que foi feito "à entrada da pior altura do ano. Não se compreende bem".
"Faria sentido se já tivéssemos passado o inverno e tivéssemos tido um inverno calmo", reitera.