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Associação Natureza Portugal

Golfinhos avistados no Tejo? Queda na poluição explica

24 out, 2022 - 12:23 • Filipa Ribeiro

É cada vez mais frequente avistar golfinhos no rio Tejo. A Associação Natureza Portugal estudou o caso e concluiu que o fenómeno se deve à redução da poluição nas águas do rio. A redução é positiva, mas está longe de ser a ideal.

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Ao longo do dia, podem ser avistados por várias vezes cerca de 11 golfinhos no estuário do Tejo. A presença dos mamíferos nas águas do Tejo não é novidade, mas tem sido agora mais frequente. Para se perceber o que mudou a Associação Natureza Portugal (ANP) que trabalha com a WWF, a maior organização global independente de conservação da natureza, realizou um estudo sobre a qualidade do estuário do Tejo e a conclusão é a de que as águas em certos locais do estuário estão com indicadores muito positivos que fazem com que o estuário seja um local limpo e chamativo a espécies como os golfinhos.

De acordo com a técnica da ANP Ana Henriques, “a melhoria da qualidade da água, o aumento de espécies como o choco e das pradarias marinhas, tornaram o Tejo mais atrativo para as visitas dos golfinhos”.

Ana Henriques sublinha que a recuperação das águas do Tejo é muito positiva nos últimos 30 anos, depois de, nos anos 80, a poluição provocada pela indústria e pelo crescimento da população nas margens ter atingido níveis bastante elevados, Nesse período, os golfinhos afastaram-se.

Atualmente, pelo menos 11 golfinhos têm visitado o estuário várias vezes durante do dia e o ideal, de acordo com Ana Henriques, é que as visitas se repitam com mais frequência, uma vez que estes mamíferos contribuem para o equilíbrio das cadeias no estuário.

O estudo da Associação Natureza Portugal realça ainda a importância do estuário do Tejo para o ecossistema a nível mundial sublinhando por isso a criação de uma comissão técnica que acompanhe o comportamento das águas e da vida marinha no Tejo. A criação da comissão técnica, é uma das propostas apresentadas esta segunda-feira durante a apresentação do estudo.

Apesar da recuperação dos bons índices da água, Ana Henriques sublinha à Renascença que ainda há muito por fazer no Tejo, uma vez que “ no local a presença dos humanos ainda é muito presente quer pelo para trafego marítimo, quer pela indústria”.

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