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Relatório OMS

Tuberculose matou 240 pessoas em Portugal no ano passado

27 out, 2022 - 19:08 • Lusa

Em 2021, Portugal notificou 1.500 novos casos. Taxa de cobertura de tratamentos atingiu 89% e a taxa de sucesso foi de 73%. Nos portadores do vírus da SIDA, a taxa de sucesso desceu para os 53%.

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A tuberculose matou em Portugal 240 pessoas em 2021, ano em que a incidência se fixou nos 1.700 casos, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no mais recente relatório sobre a doença.

Em Portugal, de acordo com a OMS, a taxa de incidência da tuberculose caiu 31% entre 2015 e 2021, situando-se neste último ano em 16 casos por 100 mil habitantes. O número de mortes diminuiu 2,1% no mesmo período.

Os homens surgem à cabeça no número de casos, 1.100 em 2021.

O relatório de 2022 da OMS sobre tuberculose analisa a resposta de 215 países ou territórios à doença infeciosa em 2021.

A agência das Nações Unidas disponibilizou dados sobre países e regiões específicos através de uma aplicação para telemóvel e não no relatório global.

No ano passado, Portugal diagnosticou ou notificou 1.500 novos casos. A taxa de cobertura de tratamentos atingiu 89%, tendo a taxa de sucesso da terapêutica para novos casos chegado aos 73%, mas baixando para os 53% em seropositivos (portadores do vírus da sida).

A infeção com o VIH/sida é um dos fatores de risco da tuberculose e contribuiu para 150 novos casos em Portugal em 2021, segundo a OMS.

O relatório da Organização Mundial da Saúde estima que no ano passado 10,6 milhões de pessoas adoeceram no mundo com tuberculose e 1,6 milhões morreram da infeção.

A pandemia de covid-19, que levou à rutura dos serviços de saúde, é apontada como um dos fatores para o aumento do número de casos em 2021, na ordem dos 4,5% face a 2020, e no número de mortes, mais 100 mil.

A tuberculose é uma doença infeciosa causada pela bactéria 'Mycobacterium tuberculosis' e que se transmite por inalação de gotículas expelidas pelo doente quando tosse, fala ou espirra.

Apesar de grave, a doença é potencialmente curável.

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