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Espera por vagas em unidades de convalescença está a agravar-se

02 nov, 2022 - 09:55 • Lusa

Esta tendência foi identificada nas regiões de saúde do Norte, Centro e Alentejo.

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O tempo médio de espera desde a referenciação até ser encontrada uma vaga em unidades de convalescença da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) do Norte, Centro e Alentejo, tem-se agravado, revela uma análise da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

De acordo com um parecer, ao qual a agência Lusa teve acesso, a ERS concluiu que "praticamente toda a população residente em Portugal continental reside a 60 minutos ou menos de um ponto da RNCCI com internamento", no entanto sobressai uma "tendência de agravamento da mediana do tempo desde a referenciação até à identificação de vaga nas unidades de convalescença".

Esta tendência foi identificada nas regiões de saúde do Norte, Centro e Alentejo.

A RNCCI é constituída por vários tipos de respostas, sendo as mais representativas em termos de oferta as ECCI que são equipas multidisciplinares de prestação de serviços de cuidados de continuados domiciliários.

Somam-se as Unidades de Longa Duração e Manutenção (ULDM) com internamentos com mais de 90 dias, as Unidades de Média Duração e Reabilitação (UMDR) com internamentos com duração entre 30 e 90 dias, e as Unidade de Convalescença (UC) com internamentos até 30 dias.

Em conjunto, estas respostas representam 95,57% da oferta da rede nacional.

Nas conclusões da análise, a ERS chama a atenção para a tendência de agravamento na identificação de vagas em UC nas três regiões citadas, algo que não tem paralelo nas unidades de reabilitação e unidades de manutenção, as UMDR e ULDM, respetivamente.

"Em concreto, a mediana do tempo de espera para identificação de vaga nas ULDM diminuiu em todas as regiões de saúde, e a mediana para as UMDR diminuiu nas regiões Centro, LVT [Lisboa e Vale do Tejo], Alentejo e Algarve", lê-se na análise.

A ERS destaca que "não existe correspondência entre menores rácios de oferta face à procura potencial e maior mediana do tempo desde a referenciação até à identificação de vaga".

Quanto às UC, é a região de saúde do Alentejo a que apresenta a maior mediana de tempo desde a referenciação até à identificação de vaga, apesar dos elevados rácios de vagas face à procura potencial observados nas NUTS III do Alentejo.

Por outro lado, para as ECCI, as três NUTS III com menores rácios situam-se na região de saúde do Centro (Beira Baixa, região de Aveiro e região de Leiria), embora a mediana de tempo até à referenciação seja maior na área da Administração Regional de Saúde do Norte.


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