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Professores e educadores estão em greve

02 nov, 2022 - 06:54 • Redação com Lusa

Protesto pode deixar muitas escolas de portas fechadas e milhares de alunos sem aulas.

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Os professores e educadores cumprem esta quarta-feira um dia de greve. Um protesto contra o Orçamento do Estado para 2023 e o que consideram ser a falta de investimento na Educação, que termina com uma concentração frente ao Parlamento. O protesto foi convocado por sete organizações sindicais, incluindo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE), que exigem a valorização da carreira docente, o combate à precariedade e a necessidade de promover o rejuvenescimento do setor. A greve coincide com a ida do ministro da Educação, João Costa, ao Parlamento para ser ouvido no âmbito da discussão na especialidade do OE2023, que prevê 6,9 mil milhões de euros para o ensino básico e secundário e administração escolar. Para as estruturas sindicais que representam os professores, este valor é, no entanto, insuficiente e representa o que consideram o subfinanciamento do setor. Por outro lado, consideram também que o OE2023 deixa por responder vários problemas. As reivindicações são comuns e incluem medidas que tornem a profissão mais atrativa, o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, o combate à precariedade, a criação de estímulos para atrair professores para zonas com falta de profissionais e a recuperação do tempo de serviço congelado. Recentemente, os sindicatos têm-se manifestado também contra o novo regime de mobilidade por doença, que foi revisto em junho, introduzindo um conjunto de critérios que limitam a transferência de professores. O protesto acontece também numa altura em que decorre o processo negocial do regime de recrutamento e mobilidade de docentes, havendo uma proposta concreta do Ministério da Educação que já foi rejeitada pelas organizações sindicais. Em causa, está a possibilidade de os diretores escolares contratarem diretamente uma parte do seu quadro docente, tendo em conta o perfil dos docentes. Além da greve, a Fenprof convocou para o mesmo dia uma concentração em frente à Assembleia da República a partir das 15h00, uma hora antes do início da audição de João Costa.
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