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Troca de cadáveres no Hospital de Faro. Ministério aguarda resultados do inquérito

07 nov, 2022 - 17:37 • Filomena Barros , Rosário Silva

Administradores do Centro Hospitalar do Algarve, que agrega a unidade de Faro, colocaram lugares à disposição do Ministério da Saúde que ainda não tomou uma decisão.

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O Ministério da Saúde vai aguardar os resultados do inquérito que abriu ao caso que ocorreu no hospital de Faro, e que envolve uma troca de cadáveres, um deles a ser “indevidamente” recolhido e cremado.

A situação aconteceu na última quinta-feira, mas só foi tornado público esta segunda-feira, tendo levado os membros do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) a colocarem os seus cargos “à disposição”.

“O Centro Hospitalar Universitário do Algarve abriu um inquérito interno, depois de ter sido detetada uma falha grave na morgue, ocorrida no passado dia 3 de novembro, que gerou uma troca na identificação dos corpos de dois doentes falecidos no Hospital de Faro”, lê-se na nota enviada à imprensa.

Contatada pela Renascença, fonte do gabinete de Manuel Pizarro afirmou que o Ministério da Saúde “vai aguardar os resultados do inquérito para tomar uma decisão”, não se pronunciando, por agora, se aceita a demissão dos administradores do centro hospitalar.

De acordo com as explicações do CHUA, que agrega as unidades de Faro, Portimão e Lagos, a situação “levou a que um dos corpos fosse indevidamente recolhido pela agência funerária para cremação, tendo esta já ocorrido”.

A direção do hospital revelou também que já contactou as famílias, “lamentando profundamente o sucedido e tendo disponibilizado todo o apoio e suporte psicológico necessários”.

“Lamentamos este grave incidente e às famílias afetadas apresentamos as mais profundas desculpas e condolências, acompanhando-as neste momento de dor, agravado pela perturbação das exéquias dos seus entes queridos”, menciona a nota.

A administração do CHUA assegura que os procedimentos de confirmação e verificação da identidade dos falecidos naquele centro hospitalar “obedece a várias normas de segurança, bem definidas na instituição, pretendendo o inquérito apurar os factos que estiveram na origem do erro e implementar alterações que se afigurem como necessárias”.

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