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Ministro da Saúde rejeita ideia de caos nas urgências

09 nov, 2022 - 16:00 • Lusa

Manuel Pizarro diz que há maior afluxo, por força das aumento das infeções respiratórias, mas garante que "todos os doentes foram adequadamente tratados".

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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, rejeita a ideia de que existe caos nas urgências hospitalares, assegurando que os serviços estão a conseguir dar resposta a todas as pessoas.

“A informação que tenho é que todos os doentes foram adequadamente tratados, adequadamente encaminhados. Portanto, isso não é bem a descrição de um caos”, disse Manuel Pizarro, esta quarta-feira, em resposta a perguntas dos jornalistas sobre constrangimentos vividos na segunda-feira nas urgências do Hospital Santa Maria, em Lisboa.

O ministro, que falava à margem da Convenção Nacional da Saúde, em Lisboa, dirigiu uma “palavra de agradecimento” aos médicos, enfermeiros aos outros profissionais do Hospital Santa Maria, considerando “que têm feito um trabalho fantástico para atender as pessoas”.

“Felizmente, a situação é hoje mais calma do que ontem [segunda-feira]. Ontem de manhã houve de facto uma situação de grande pressão e de grande dificuldade”, mas, insistiu, “está longe de ser um caos”.

Manuel Pizarro quis deixar, por isso, uma mensagem de tranquilidade aos portugueses.

“Apesar da pressão, que é relativamente habitual nesta época de inverno, com o aumento das infeções respiratórias - já tínhamos antes um catálogo com gripe, com outras infeções víricas, agora juntou-se a covid-19 -, as pessoas podem confiar no serviço de saúde [onde] terão a resposta que for necessária e adaptada às suas necessidades”, reforçou o ministro.

Avançou ainda que estão a trabalhar no “habitual plano de contingência para o inverno”, que será anunciado na próxima semana, sublinhando que este ano “é mais reforçado”.

O ministro apontou como possibilidade para o acréscimo da procura das urgências ter havido uma antecipação da ocorrência das infeções respiratórias.

“O que está a acontecer provavelmente mimetiza o que aconteceu nos países do hemisfério sul, onde a época das infeções respiratórias chegou mais cedo”, disse, referindo que foi devido a esta situação que o programa de vacinação foi antecipado para 07 de setembro.

A este propósito, reiterou o apelo para que as pessoas se vacinem.

“Estamos contentes com o programa de vacinação, quase 1,9 milhões de portugueses já se vacinaram contra a gripe e já tiveram a quarta dose de reforço contra a covid. Isto inclui 100% das estruturas residenciais de pessoas idosas e das unidades de cuidados na comunidade, mas é importante continuar a vacinação”, vincou.

Questionado sobre se os centros de saúde vão ter novos horários para responder à procura e evitar idas às urgências hospitalares, afirmou que “isso acontecerá com toda certeza, quando houver certos níveis de ativação”.

“Vamos organizar a resposta de forma a dar-lhe a maior eficiência possível, sem ignorar que neste período do inverno vai haver um período de maiores dificuldades em várias unidades do país. Para isso, precisamos muito do esforço continuado dos profissionais de saúde, a quem quero repetidamente agradecer o que têm feito”, sublinhou.

Perante a pergunta se vão recorrer a médicos tarefeiros, se vai haver um reforço de meios e se estes vão ser alocados de outra maneira, Manuel Pizarro respondeu: “Roma e Pavia não se fizeram num dia”.

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