Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Metro Sul do Tejo a meio gás. Greve de maquinistas cumpre-se até sábado

16 nov, 2022 - 09:55 • João Cunha

Trabalhadores reivindicam aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

A+ / A-
Foto: João Cunha/RR
Foto: João Cunha/RR
Foto: João Cunha/RR
Foto: João Cunha/RR
 Foto: João Cunha/ RR
Foto: João Cunha/ RR

A greve dos maquinistas da Metro Sul do Tejo está a condicionar a circulação. Só um quinto das composições que diariamente circulam na Rede da Metro Transportes do Sul percorreram, durante a manhã desta quarta-feira, as paragens.

Entre um grupo de algumas dezenas de maquinistas concentrados na praça frente à estação de comboios da Fertagus, em Corroios, está o presidente do Sindicato Nacional de Maquinistas, o qual assegura que a adesão tem sido semelhante à última greve.

“Neste momento, deviam estar a circular 21 veículos. Neste momento estão a circular apenas quatro”, avança à Renascença o sindicalista António Domingues.

O que explica que mais de uma centena de habituais utentes tenha estado à espera mais de meia-hora por uma composição para as levar ao seu destino.

Nuno Teixeira acaba de chegar. Tira o capacete, próprio para bicicletas, e coloca o descanso na trotinete elétrica, enquanto espera pelo metro. Vai para a Cova da Piedade, seguindo daí para o trabalho, nas redondezas. Ainda bem que a bateria está na carga máxima.

"Hoje vai ter de fazer um trajeto maior que o habitual", se o metropolitano de superfície não aparecer.

Não muito longe, Margarida Barros vê atentamente os cromos de uma caderneta do Mundial de Futebol, que o filho lhe mostra.

"Ele está na escola na Cova da Piedade e eu trabalho no Laranjeiro. Ainda é distante, e por isso atrasa-me um bocado a vida. A mim e a qualquer pessoa".

Os trabalhadores estão em greve até sábado, reivindicando aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

A greve dos operadores de condução, convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), iniciou-se na terça-feira, mas nesse dia apenas à prestação de trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a oito horas.

Hoje, a greve "à prestação de todo e qualquer trabalho" iniciou-se às 00h00 e irá prolongar-se até às 24h00 de sábado.

No sábado, a paralisação volta apenas a ser ao trabalho suplementar e a todos os serviços com duração superior a oito horas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+