18 nov, 2022 - 07:59 • Fátima Casanova
Esta sexta-feira há greve na função pública. A paralisação foi convocada pela Frente Comum, afeta à CGTP, para protestar contra os aumentos salariais propostos pelo Governo para o próximo ano.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exige aumentos de 10% ou um mínimo de 100 euros para todos os funcionários.
Os dirigentes sindicais acreditam que ainda há tempo para negociar, tendo em conta que ainda falta a aprovação global final do Orçamento do Estado.
Acontece daqui a uma semana. O OE2023 prevê aumentos salariais de 2 a 8% para os funcionários públicos, sendo que as subidas de salários vão ser, pelo menos, de 52 euros.
Sim, e em princípio quem ganha menos tem aumentos maiores, de 8%. É o caso dos funcionários com o salário mínimo na função publica que passa de 705 para 761 euros.
Já para os trabalhadores que recebem acima de 2.600 euros brutos, os aumentos previstos são, no mínimo, de 2%. Por exemplo, para os técnicos superiores da função publica, os aumentos previstos são de 104 euros, o que corresponde a um aumento de cerca de 5%.
Todos os serviços públicos: escolas, lojas do cidadão, repartições de finanças, espaços da segurança social e serviços de saúde. Também pode afetar serviços municipais, como piscinas, transportes e recolha de lixo, que normalmente é o primeiro serviço a ser afetado logo pela madrugada, o mesmo poderá ter acontecido em determinados serviços hospitalares por falta de auxiliares.
Durante esta manhã é que se podem perceber as implicações, com o toque de entrada, porque podem aderir a esta greve os professores, os assistentes administrativos e operacionais, ou seja, todas as pessoas que mantêm os estabelecimentos de ensino de portas abertas. Por isso, é de prever o encerramento de muitas escolas.
Também vai ser a partir desta manhã que podem começar a sentir-se os efeitos nos hospitais e centros de saúde. É possível que sejam adiados tratamentos, consultas e exames por falta de enfermeiros, médicos e técnicos de diagnostico e terapêutica.
Sim, porque praticamente todas as 30 estruturas sindicais da frente Comum entregaram pré-avisos, por isso, é tão abrangente ao nível dos setores que podem ser afetados.
Esta greve é a concretização da ameaça que o PCP tinha feito, que iria endurecer a contestação, caso o Governo não melhorasse as condições de trabalho e de salários dos trabalhadores.