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Recolha do lixo é o primeiro serviço afetado pela greve da Função Pública

17 nov, 2022 - 23:42 • Redação com Lusa

Da educação à saúde, passando pelos transportes, esta sexta-feira pode ser um dia complicado para os utentes dos serviços públicos. Os trabalhadores da Função Pública cumprem um dia de greve nacional. Frente Comum espera uma grande adesão dos trabalhadores.

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Os serviços municipais de recolha de lixo foram os primeiros a ser afetados pela greve nacional da administração pública marcada para sexta-feira, disse esta quinta-feira o coordenador da Frente Comum de Sindicatos nos Estaleiros Municipais da Amadora.

Dezenas de trabalhadores concentraram-se naquelas instalações, em Moinhos da Funcheira, para assinalar o arranque da greve, e “já há perturbações a serem registadas”, disse Sebastião Santana.

“Aqui nos Estaleiros da Amadora ainda nenhum carro saiu para a recolha de lixo e a indicação que temos é que nenhum deverá sair. Até ao momento, ainda ninguém entrou para trabalhar, o que é demonstrativo do descontentamento dos trabalhadores”, comentou o coordenador da Frente Comum.

A greve foi convocada para dia 18, a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública no próximo ano.

A Frente Comum de Sindicatos exige aumentos salariais de “10% ou um mínimo de 100 euros” para a administração pública no próximo ano e acredita que ainda há tempo para negociar com o Governo, apesar da votação do OE2023 acontecer já na próxima semana.

“Só não haverá tempo se o Governo assim não o entender. Se quiser, haverá tempo e espaço para negociar e está nas suas mãos resolver este problema”, assumiu Sebastião Santana.

Educação, saúde, transportes e serviços municipais ameaçam parar

Na sexta-feira, a paralisação vai afetar serviços da educação, saúde, finanças, segurança social e autarquias.

No setor da saúde, prossegue a greve dos enfermeiros que se prolonga até à próxima quarta-feira; também os médicos estarão em greve esta sexta-feira. No pré-aviso de greve, a FNAM reclama melhores condições de trabalho no SNS, a progressão nas carreiras e aumentos salariais.

Ainda na saúde, os técnicos de diagnóstico e terapêutica anunciaram a realização de concentrações e uma greve, também para esta sexta-feira.

Nos transportes, poderá haver fortes constrangimentos na circulação de comboios: a Infraestruturas de Portugal alerta para eventuais perturbações entre esta sexta-feira e o dia 29 de novembro, devido à greve marcada na empresa por várias organizações sindicais.

Também os trabalhadores da Metro Transportes do Sul (MTS) vão estar em greve até sábado. Exigem a abertura de negociações, aumentos salariais e progressão na carreira.

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