25 nov, 2022 - 08:00 • Ângela Roque
O Banco Alimentar contra a Fome realiza uma nova campanha de recolha de alimentos este sábado e domingo nos supermercados. A campanha intitula-se ‘Juntos vamos alimentar a esperança’. Mas até 4 de dezembro também é possível contribuir através da ajuda-vale, ou pela internet .
Como funciona?
Esta é a chamada "campanha saco", em que qualquer pessoa pode contribuir com a entrega de produtos. Devem estar envolvidos mais de 40 mil voluntários, não só nas lojas, mas também a ajudar no transporte e nos vários armazéns do banco alimentar. Este ano também vai envolver crianças dos 6 anos 12 anos, na chamada "campanha júnior", que pretende incutir nos mais novo a importância da solidariedade.
Que produtos devemos entregar? Normalmente pensamos nos enlatados ou no leite...
São produtos indispensáveis na alimentação e têm uma duração que permite armazená-los durante bastante tempo. Portanto, leite, conservas, arroz, massa, cereais de pequeno-almoço e bolachas, são alguns dos alimentos que fazem sempre falta, como também azeite, açúcar, farinha. As pessoas podem doar os produtos ou oferecer vales que também estão disponíveis nos supermercados, mas como se aproxima o Natal, se quiserem variar e juntar chocolates ou frutos secos.
E quanto aos produtos frescos como é que se pode fazer?
Pode fazer-se um donativo em dinheiro, através do multibanco ou do Mbway. Depois, o que o Banco Alimentar faz é completar os cabazes de mercearia menos perecível com produtos como fruta, legumes, carne e peixe. Uma de principais fontes de alimentos frescos é também a oferta por parte de produtores agrícolas e empresas, que têm excedentes.
Quantas pessoas é que dependem desta ajuda?
São quase 400 mil pessoas que são ajudadas através de 2.600 instituições. O Banco Alimentar não entrega ajuda diretamente, mas através das instituições que estão no terreno e identificam as carências. No país há 21 bancos alimentares, que desempenham esta missão de fazer chegar ajuda a quem dela precisa e com a situação económica a agravar-se, com a inflação e o aumento dos juros.
Face à inflação que se abate sobre as famílias qual o objetivo deste ano?
É atingir, pelo menos, o volume de donativos que é habitual recolher nesta altura do ano e que anda à volta das 1.100 toneladas de alimentos.