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IL diz que dificuldades do país serão mais graves devido ao "trabalho que não foi feito"

26 nov, 2022 - 18:43

Para João Cotrim Figueiredo, "o país não está preparado porque não se desenvolveu para enfrentar crises como esta crise pandémica ou esta crise económica, que a invasão russa da Ucrânia causou".

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João Cotrim Figueiredo disse este sábado, no Porto, concordar com o diagnóstico de Presidente da República sobre o ano difícil que aí vem, mas considerou que isso se deve "ao trabalho que não foi feito nos últimos anos".

"A questão é que estes anos difíceis que Portugal atravessa são ainda mais difíceis por aquilo que deveria ter sido feito nos anos anteriores e não foi", disse João Cotrim Figueiredo aos jornalistas à margem da Festa da Liberdade, para assinalar o 25 de Novembro e também para celebrar o quinto aniversário do partido.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse este sábado que o próximo ano vai ser "o primeiro grande teste" do Governo e alertou que "como for 2023, assim dependerá o resto da legislatura".

O chefe de Estado, que falava na Feira de Solidariedade Rastrillo, disse que vai estar "muito atento aquilo que vai ser este ano de 2023".

"Apreciamos sempre quando o senhor Presidente da República faz este tipo de alertas, mas eu acho que deve fazer estes alertas quando estão em causa as decisões que impactam a estrutura económica e social do país a longo prazo", disse Cotrim Figueiredo.

Também o secretário-geral socialista, António Costa, avisou na sexta-feira que "os próximos quatro anos vão ser duros e exigentes".

Nas declarações, Cotrim de Figueiredo considerou que "notícias como a ultrapassagem pela Roménia, notícias de que Portugal é dos países da Europa com mais jovens emigrados, e com mais percentagem de pobres e pessoas em risco de pobreza vão continuar a existir, porque os alertas são lançados em situação em emergência e não no tempo certo".

"É na altura de vacas menos magras ou de vacas gordas que se fazem as mudanças estruturais e este Governo que está em funções desde o final de 2015 teve absolutamente zero vontade de reformar estruturalmente o país. O mundo vai mudando, o país vai ficando no mesmo sítio, o que significa, na prática, a andar para trás", sustentou.

Sobre a Festa da Liberdade, que se realizou na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, o ainda dirigente do Iniciativa Liberal (IL) disse que o objetivo é celebrar o 25 de Novembro, como sempre o partido fez.

"O que fazemos é celebrar com a mesma alegria e com a mesma convicção o 25 de Novembro e o 25 de Abril, e faço questão de lembrar, sobretudo aos jovens que vêm a estas sessões e a estas nossas festas da liberdade, é de que os direitos fundamentais e as liberdades cívicas mais básicas estiveram de facto em risco naquele ano de 1975 e se não tivesse sido o 25 de novembro não só não teríamos hoje uma democracia liberal, nem sequer tínhamos tido uma constituição como a que tivemos em 1976", afirmou. .

Considerou ainda que "é de facto marcante e, aqueles que não o querem celebrar hoje, como o partido socialista, estão a renegar o seu passado".

Cotrim Figueiredo convidou "as pessoas a irem ler o que Mário Soares disse na altura sobre a importância da data do 25 Novembro".

"Quando o PS não se associa às comemorações não se digna sequer a bater palmas em plenário à evocação do 25 novembro está a renegar o seu passado e a fazer com que os seus fundadores deem voltas no túmulo", acrescentou.

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