29 nov, 2022 - 12:31 • Beatriz Lopes , Teresa Paula Costa
O Sindicato de Todos os Professores (STOP) decidiu manter o pré-aviso de greve para o dia nove de dezembro.
O ministro da Educação e os sindicatos estiveram reunidos nesta manhã de terça-feira para discutir a progressão na carreira de docentes doutorados e a vinculação extraordinária dos docentes das escolas artísticas, temas que, de acordo com o STOP, não são os mais prioritários.
No final da reunião, o coordenador nacional do Sindicato de Todos os Professores mostrou-se intransigente com a ideia do ministro da educação em criar um novo modelo de contratação de professores através de um conselho local de diretores.
Para André Pestana, "a última medida, de conselhos intermunicipais de diretores poderem recrutar professores efetivos e contratados" foi "a gota d’água".
"Os professores já estavam cansados de terem uma avaliação injusta com quotas, já estavam cansados de ter quotas para acesso ao quinto e sétimo escalão" e têm "excesso de trabalho burocrático, com montes de perda de direitos", lamentou o sindicalista.
Por isso, a decisão de manter a greve para nove de dezembro tem como objetivo "exigir, no fundo, que nos respeitem".
Lembrando os "enfermeiros que conseguiram uma conquista", com a qual o sindicato diz congratular-se, André Pestana considerou que os professores também têm direito, pois "nós também nos sacrificámos muito".
O sindicalista lembrou o período da pandemia e defendeu que "estamos a exigir por nós e pelos alunos".