29 nov, 2022 - 10:45 • Liliana Monteiro com redação
Arranca esta tarde, no Campus da justiça, em Lisboa, o julgamento dos quatro ativistas pelo clima que foram detidos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Foram presentes ao Ministério Público (MP) recusaram a suspensão do processo em troca de trabalho comunitário, alegando que isso seria admitir um crime que acreditam não ter cometido.
Os estudantes respondem por dois crimes: desobediência a ordem de dispersão e introdução em local vedado ao público.
Ana Carvalho, uma das arguidas, garante que todos vão falar em tribunal. “Penso que seja um pouco difícil ficar resolvido numa só sessão até porque há várias testemunhas que precisam de ser ouvidas e os quatro arguidos. Aquilo que nós pretendemos é aquilo que queríamos até agora, que é ser ouvidas…”
Nestas declarações à Renascença, defende que a luta é justa. “O que aconteceu naquela noite de sexta-feira? Porque estávamos ali? Quais as causas que estávamos a defender? Há uma questão que se coloca que é entre o que é legal e o que é legítimo. Se a nossa luta é legítima ou não. Segundo a lei de bases do clima, toda a gente tem direito a lutar pelo clima e a manifestar-se sobre isso e era isso que nós estávamos a fazer.”
A ativista lembra que manifestação, no início de novembro, foi pacífica e só queriam que a faculdade ouvisse as suas reivindicações. “A vontade da faculdade foi contrária e mandaram-nos retirar, utilizando as forças de segurança. Nós não desrespeitamos a faculdade ou as forças de segurança. Nós até nos mostramos sempre prontos a negociar.”
A audiência está marcada para o Campus de Justiça às 14h30.