30 nov, 2022 - 10:51 • Tomás Anjinho Chagas , Cristina Nascimento
O ministro da Saúde classifica como “situação absolutamente crónica” o cenário dos serviços de urgências hospitalares sobrecarregados e com longos tempos de espera.
“A situação dos serviços de urgência no nosso país é uma situação absolutamente crónica, não tem nada de novo. Não me recordo de ano nenhum do meu exercício profissional como médico ou do meu exercício em funções políticas que não tenha havido dificuldades nas urgências no inverno”, disse Manuel Pizarro esta quarta-feira, no Parlamento.
Reconhece, ainda assim, que fica “sempre infeliz e insatisfeito com todas as situações de insuficiência”, mas, assegura, os problemas têm estado circunscritos “a três ou quatro unidades hospitalares, nas quais estamos a trabalhar ativamente”.
O governante falava, esta quarta-feira de manhã, no Parlamento, um dia depois de os chefes e subchefes das equipas do Serviço de Urgência de Medicina do Hospital Fernando Fonseca terem apresentado a demissão, por considerarem estar em causa a qualidade assistencial e a segurança dos utentes. Na segunda-feira foram os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral do Hospital de Almada que apresentaram a demissão, em protesto com a escala de dezembro, que consideram estar "abaixo dos mínimos".
Noutro plano, fez as contas ao andamento do plano de vacinação Covid-19 para este outono-inverno.
“Até ao dia de ontem, dois milhões e 340 mil portugueses fizeram a dose de reforço da vacina da Covid. Esse é um número muito importante, está em linha com o que nós prevemos, o nosso objetivo é fazer o reforço da vacinação Covid-19 para três milhões de pessoas até ao Natal”, explicou o governante.
Pizarro referiu que, para alcançar o objetivo, será preciso fazer “um esforço”, mas que a capacidade de vacinação “nos cerca de 300 centros de vacinação, é de cerca de 300 mil vacinas por semana, portanto eu confio que nós chegaremos lá”.