08 dez, 2022 - 17:46 • Lusa
A Câmara de Loures vai pedir ao Governo para declarar o estado de calamidade no município, após os estragos provocados pelo mau tempo na noite de quarta para quinta-feira, indicou a autarquia em comunicado.
“Devido à gravidade das ocorrências, a autarquia irá solicitar ao Governo que seja declarado o ‘estado de calamidade’ para o concelho”, lê-se no comunicado disponível no sítio da Câmara Municipal de Loures na internet.
A autarquia está a avaliar os danos nas infraestruturas e nas habitações em Loures, sendo que o município indica no ‘site’ cerca de 25 pessoas desalojadas, e, deste grupo, seis passaram a noite no Pavilhão Paz e Amizade.
“Temos as equipas e os técnicos sociais da câmara a percorrer as zonas mais afetadas do concelho, que, em termos de habitação, foram Frielas e Santo António dos Cavaleiros”, disse o presidente da Câmara, Ricardo Leão, em declarações à RTP por volta das 13h30.
O autarca explicou que se viveu em Loures uma noite que “há muito tempo” não acontecia e que, entre os 25 desalojados, a maioria encontrou uma solução, mas seis pessoas passaram a noite no Pavilhão Paz e Amizade, local disponibilizado pela Câmara de Loures para acolher quem teve de sair de casa.
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De acordo com a avaliação dos danos em curso, Ricardo Leão admitiu alargar o espaço de acolhimento temporário de desalojados.
O mau tempo provocou estragos nas localidades atravessadas pela Estrada Nacional 8, que atravessa Póvoa de Santo Adrião (no concelho de Odivelas), Flamenga, Santo António dos Cavaleiros e Frielas (no concelho de Loures).
O presidente da Junta de Freguesia de Olival Basto/Póvoa de Santo Adrião, Rogério Breia (PS), disse esta manhã à Lusa que a EN8 está “praticamente intransitável”, devido à presença de lama, lixo e caixotes.
No mesmo comunicado da Câmara de Loures, a autarquia indica que “a forte chuva, verificada em toda a região de Lisboa, originou, no concelho de Loures, cerca de 160 ocorrências, entre deslizamentos de terras, quedas de muros, de árvores, inundações e cheias”.
Os distritos de Lisboa, Faro e Santarém estiveram até cerca das 02:30 de hoje em aviso vermelho, devido às previsões de chuva forte e trovoada, o mais grave de uma escala de três, e emitido sempre que existe uma situação meteorológica de risco extremo.
Os 18 distritos de Portugal Continental encontram-se hoje sob aviso amarelo, devido à previsão de chuva por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada e de rajadas fortes de vento.