08 dez, 2022 - 05:28 • Lusa
Os tripulantes da TAP cumprem esta quinta-feira o primeiro de dois dias de greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), por falta de acordo nas negociações do novo acordo de empresa.
Os tripulantes da TAP decidiram, na terça-feira, manter a greve e aprovaram também a marcação de pelo menos mais cinco dias de paralisação até 31 de janeiro.
Na moção votada na assembleia-geral de associados, na terça-feira, o SNPVAC considera que "a TAP preferiu 'pagar para ver' os efeitos da greve, ao invés de repor aos tripulantes aquilo que unilateralmente lhes retirou".
Por sua vez, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse lamentar a decisão do sindicato, manifestando-se disponível para tentar encontrar soluções que evitem mais disrupções.
A TAP e os sindicatos encontram-se em negociações para a revisão do Acordo de Empresa (AE), no âmbito do plano de reestruturação.
A TAP propõe cortes nos salários e flexibilização de horários, entre outras medidas.
Descontentes, os tripulantes da TAP, em assembleia-geral de emergência do SNPVAC, em 03 de novembro, decidiram avançar com uma greve nos dias 08 e 09 de dezembro, bem como "recusar liminarmente a proposta de novo acordo de empresa (AE)" apresentada pela companhia aérea, que consideram "absolutamente inaceitável e manifestamente redutora".
Os tripulantes querem que o atual acordo de empresa seja o ponto de partida e base para qualquer negociação futura.
A TAP tinha apresentado uma proposta que diz que ia ao encontro de nove das 14 exigências do sindicato, mas tinha como condição a antecipação da assembleia-geral do SNPVAC.
O sindicato disse que não era possível antecipar a assembleia, tendo a TAP retirado a proposta que estava em cima da mesa e decidido cancelar 360 voos nos dias da greve.
Os serviços mínimos para a greve abrangem as regiões autónomas, os países lusófonos e zonas com emigrantes portugueses.