09 dez, 2022 - 22:48 • Lusa
Os Bombeiros de Rio Maior denunciaram esta sexta-feira que várias ambulâncias estão retidas nos hospitais de Santarém e Caldas da Rainha devido à falta de macas nestas unidades, situação que coloca em risco o socorro à população.
"Infelizmente está a acontecer a todos. São situações que dificultam a vida a doentes, profissionais de saúde e a nós também", adiantou à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior, Paulo Cardoso.
O comandante desta corporação do distrito de Santarém respondia na sequência da publicação na página na rede social Facebook dos Bombeiros de Rio Maior, onde foi denunciada a falta de ambulâncias de socorro nas suas instalações "em virtude de estarem retidas em unidades de saúde por falta de macas ou por não conseguirem disponibilizar os equipamentos [da corporação]".
Paulo Cardoso explicou que no hospital de Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, integrado no Centro Hospitalar do Oeste, encontravam-se às 19h30 três ambulâncias desta corporação sem previsão para os equipamentos serem libertados.
"Caldas [da Rainha] nem é o nosso hospital de referência, que é Santarém, mas como Santarém não tinha hoje serviços de ortopedia, todos os doentes com problemas ortopédicos tiveram que ir para Caldas da Rainha, o que nos dificulta mais, porque é outro distrito, embora a proximidade seja a mesma", explicou.
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Já no hospital de Santarém, encontrava-se pelas 19h30 uma ambulância retida, acrescentou.
Esta situação é causada pela "falta de macas para deixar os doentes, que efetivamente depois causa estes transtornos", frisou.
"Ficamos com os meios parados, retidos quatro, cinco horas nas urgências dos vários hospitais", lamentou ainda.
Contactado pela Lusa, fonte do Hospital de Santarém referiu, pelas 21h45, que aquela unidade não tinha macas retidas.
O comandante dos Bombeiros de Rio Maior alertou ainda que, com os equipamentos indisponíveis por estarem retidos em unidades hospitalares, outras corporações de bombeiros deslocaram-se a Rio Maior hoje à tarde para situações de "rotina do pré-hospitalar", mas que, depois, também estas corporações vão ficando com ambulâncias retidas nos hospitais.
"Torna-se uma bola de neve em que o socorro fica completamente sob o risco de falhar", concluiu.