13 dez, 2022 - 10:50 • Manuela Pires com Lusa
No concelho de Cascais, a chuva causou algumas inundações em casas e nas áreas ribeirinhas, na sequência do mau tempo que se fez sentir durante a madrugada e ao longo desta terça-feira de manhã.
Na baixa da vila, junto à praia dos pescadores, o Largo Camões, a garagem do Hotel Baía encheram-se de água.
De visita ao local esta manhã, o presidente da Câmara Municipal de Cascais fez um balanço da noite de mau tempo.
"Sentiu-se maior impacto aqui na baixa de Cascais, o que é tradicional por via da ribeira das Vinhas, e também em Tires, muito especialmente por via da ribeira das Marianas, e também algumas situações junto à ribeira de Sassoeiros e à ribeira de Caparida", explicou à Renascença Carlos Carreiras.
"Ainda assim, os impactos são já alguns, diferentes daqueles que foram registados na semana passada, na quarta-feira. Agora houve um maior número de ocorrências mas menos graves."
Houve algumas casas alagadas, "mas nada de muito grave", adianta o autarca. "Para cada um obviamente que a situação é gravíssima, mas no contexto geral não foram graves."
Carlos Carreiras diz que os trabalhos vão continuar esta manhã, mesmo na praia da baía de Cascais.
"Está aqui a entrar na praia dos Pescadores uma retroescavadora exatamente para desbloquear a areia que está a tapar as saídas da Ribeira das Vinhas, isso é fundamental."
O autarca adianta que o nível de chuva que caiu no território de Cascais foi "muito mais elevado" do que em épocas anteriores e "muito mais elevado do que na última quarta-feira", destacando que "ainda assim o sistema tem respondido razoavelmente bem por via das intervenções" que a Câmara Municipal tem vindo a desenvolver.
Na sua página oficial na rede social Facebook, Carlos Carreiras indicou entre as situações mais críticas as causadas pelo alagar das zonas onde as ribeiras da Atrozela, de Caparide e Ribeira das Vinhas galgaram as margens.
Imagens de vídeo partilhadas por moradores no Facebook mostram a zona de acesso à vila, junto ao mercado de Cascais, totalmente alagada e o estacionamento nesse local submerso.
Ainda na baixa da vila, houve inundações em lojas e a meio da manhã continuava cortado o trânsito desde o jardim Visconde da Luz até à fortaleza, e várias ruas na baixa - Rua dos Melros, Largo Camões, Rua das Palmeiras e Rua Valbom – continuavam intransitáveis.
Em São Domingos de Rana, Carlos Carreiras sinalizou entre as situações mais graves inundações na Avenida Amália Rodrigues, onde houve pessoas com dificuldade nas suas habitações, sem detalhes para já de quantas, e viaturas dentro de água com pessoas que tiveram de ser resgatadas na estrada nacional 249, entre Abóboda e Trajouce.
A subestação da Abóboda ficou inundada e foi necessário cortar a eletricidade, afetando o Aeródromo de Tires e oito bairros da freguesia.
No Estoril, o hotel Intercontinental, que se situa entre a marginal e o paredão, e também o Vila Galé relataram problemas de inundações e o Vale de Santa Rita estava intransitável.
A queda de árvores e deslizamento de terras obrigou também ao corte de vias em Alcabideche e Caparide, com as autoridades a deixarem alertas à população.