13 dez, 2022 - 09:22 • Susana Madureira Martins
O presidente da Câmara de Loures disse esta terça-feira à Renascença que esta madrugada "foi muito pior" do que a ocorreu na passada quinta-feira, com Ricardo Leão a contabilizar "ocorrências mais gravosas na queda de taludes, desabamento de terras e queda de muros de contenção" por causa do mau tempo.
Foi necessário durante a madrugada e ao início desta manhã cortar vias de acesso ao concelho de Loures, como foi o caso da via nacional 115 e 250, ambas muito utilizadas, e houve registo de oito desalojados.
Leão explica que houve "até mais" desalojados, mas "muitos deles encontraram soluções em casa de amigos e família".
Há oito pessoas que, "na impossibilidade de encontrar uma solução, estão alojadas num centro de alojamento temporário que a Câmara criou na quinta-feira" da semana passada, quando o mau tempo fustigou esta e outras zonas de Lisboa.
O autarca de Loures esteve toda a noite a acompanhar as equipas de bombeiros e da Proteção Civil da câmara e uma das zonas mais afetadas pelo temporal foi a baixa da cidade, "naquele período de maior intensidade de chuva coincidente com a subida da maré".
As pontes de Frielas e da Flamenga ficaram "completamente inundadas, mas desta vez com o aviso prévio, as pessoas estavam sensibilizadas e aquilo que foram os danos de viaturas e pessoas não teve comparação com o que houve na quinta feira", explica Ricardo Leão.
A maior consequência do temporal são os danos na via píblica, "o que vai obrigar a uma quantificação ainda maior, estamos a falar de milhões de euros de prejuízos naquilo que é a intervenção no espaço publico".
O apelo do autarca de Loures é para "as pessoas que tenham de ficar em casa que fiquem", mas Leão reconhece que "há pessoas que não podem ficar em casa porque têm de levar as crianças à escola e têm de ir para o trabalho".
Para essas pessoas fica o conselho de Leão: "antes de saírem de casa consultem o site da câmara e as redes sociais da autarquia para consultar as vias interditas e facilitar a deslocação dessas pessoas". O autarca apela ainda à "responsabilização das pessoas".
O autarca mostra-se ainda avesso a mandar encerrar as escolas do concelho de Loures. "Até agora não tenho informação de escolas que não tenham condições de manter a atividade letiva normalmente", explica o autarca, que tomou a decisão de não encerrar escolas porque "iria dificultar ainda mais as pessoas que têm obrigatoriamente de ir para o trabalho.