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Mau tempo

Loures com prejuízos de 20 milhões de euros só em estruturas públicas

14 dez, 2022 - 09:10 • Anabela Góis , Olímpia Mairos

A ministra da Presidência visita esta quarta-feira o concelho, um dos municípios do distrito de Lisboa mais afetados pela chuva intensa que caiu na madrugada de terça-feira.

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O presidente da Camara de Loures estima mais de 20 milhões de euros de prejuízos provocados pelo mau tempo no concelho.

Em declarações à Renascença, Ricardo Leão diz que este valor foi apurado no levantamento feito pela Câmara de Loures, aos estragos provocados pelo mau tempo, mas refere-se apenas a infraestruturas públicas. “Vamos agora, obviamente, no terreno, fazer esta quantificação melhor, mas na esfera pública anda à volta dos 20 milhões, para cima, naquilo que é o domínio público”, adianta.

O autarca especifica que está a “falar de taludes que desabaram, em termos de contenção, de deslizamento de terras, que obstruíram vias, danificação dessas mesmas vias, a nível de pavimentação, pontes municipais que ficaram estruturalmente danificadas”.

“Estamos a falar de tudo o que é domínio público”, sintetiza, destacando que agora “querem-se intervenções rápidas”.

De acordo com o Ricardo Leão, a este valor devem ainda juntar-se o valor dos estragos provocados em habitações e terrenos privados.

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, visita esta quarta-feira o concelho de Loures, um dos municípios do distrito de Lisboa mais afetados pela chuva intensa que caiu na madrugada de terça-feira.

Loures registou na terça-feira 160 ocorrências relacionadas com o mau tempo, relativas a deslizamentos de terras, quedas de muros e de árvores, inundações e cheias, tendo sido mobilizados mais de 400 operacionais das forças de socorro e segurança, bem como 12 desalojados.

Segundo o presidente da autarquia, os desalojados “continuam ainda a pernoitar e continuam no centro de acolhimento”.

“Vamos fazer novamente essa quantificação e essa análise do estado de habitabilidade das suas casas", adianta, destacando que "enquanto não houver essa quantificação, mantém-se aqui, não há outra solução".

"Não têm soluções a nível de amigos, nem de famílias, mantém-se aqui, e depois fazemos uma análise com a nossa equipa da Ação Social, juntamente com a Segurança Social para se encontrar outro tipo de soluções, caso venha a ser necessário”, observa.

As maiores inundações ocorreram em zonas habitualmente sensíveis, como a Baixa de Loures, a Flamenga e a Ponte de Frielas. Das 91 escolas do concelho, 60 estiveram encerradas.

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