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Ativistas climáticos regressam aos protestos esta sexta-feira

16 dez, 2022 - 01:52 • Marisa Gonçalves

Terminou a concentração de estudantes à porta da Faculdade de Letras de Lisboa, no entanto, os ativistas prometem estar esta sexta-feira no Campus de Justiça. Pelas 15h00 vai começar e ser lida a sentença dos colegas julgados por desobediência civil.

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O movimento climático “Fim ao Fóssil – Ocupa”, convoca estudantes, ativistas, pais e professores para uma concentração esta sexta-feira, às 15h00, no Edifício F do Campus de Justiça, onde vai ser lida a sentença do julgamento de quatro ativistas da Faculdade de Letras de Lisboa.

Em declarações à Renascença, a porta-voz do movimento, Matilde Alvim, promete novas ações de luta, em caso de condenação.

“Vamos estar lá em apoio aos estudantes. Caso eles sejam absolvidos declaramos uma vitória. Caso não sejam absolvidos faremos outras ações. Não podemos deixar que esta luta seja criminalizada. O direito ao protesto pelo clima está consagrado na lei de bases do clima que, supostamente, deveria estar a ser seguida. Neste momento há quatro estudantes em risco de serem criminalizados por lutarem pelo clima e isso é inaceitável”, alega.

Em solidariedade com os quatro ativistas detidos em novembro passado numa ação de ocupação da Faculdade de Letras de Lisboa, na última noite, cerca de 40 estudantes voltaram a ocupar a instituição de ensino, com o objetivo de ali pernoitarem.

A concentração de estudantes viria ficar suspensa ao início da madrugada, por falta de apoio da Direção da Faculdade de Letras e perante a presença de agentes da polícia.

“Estivemos em negociações com a Faculdade. Propusemos sair imediatamente, caso a faculdade enviasse um comunicado de imprensa, assinado pelo Diretor Miguel Tamen, a apoiar a absolvição dos quatro estudantes que vão ouvir a sentença do julgamento por desobediência civil. A faculdade não aceitou esta negociação e ameaçou que se não saíssemos seríamos acusados e ameaçou retirar-nos com as forças policiais. Saímos então em manifestação e prometemos voltar esta sexta ao Campus de Justiça”, adianta a ativista Matilde Alvim.

A dia 11 de novembro, quatro estudantes acabaram detidos numa ação de protesto, na Faculdade de Letras de Lisboa, e acusados dos crimes de "não dispersão em reunião pública e introdução em local vedado ao público", de acordo com a defesa. Reivindicavam, entre outras medidas, o fim dos combustíveis fósseis até 2030.

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