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Professores ameaçam com greve a partir de 16 de janeiro

16 dez, 2022 - 09:55 • Fátima Casanova com redação

Para sábado está marcada uma manifestação de docentes, que se estão a organizar a partir de vários pontos do país.

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Os professores ameaçam com uma greve a partir de 16 de janeiro. O líder da Fenprof anunciou uma paralisação de 18 dias, por distritos, se o Ministério da Educação não recuar em algumas das propostas sobre o modelo de recrutamento de docentes.

O ultimato foi deixado pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) durante uma vigília que decorreu em frente à delegação regional de Lisboa da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, na noite de quinta-feira.

Os oito sindicatos (Fenprof, ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) exigem que até ao dia 10 de janeiro o ministro da Educação, João Costa, recue em algumas das propostas que apresentou no âmbito da negociação da revisão do modelo de recrutamento e mobilidade, e que inicie novos processos negociais sobre outros temas.

Caso contrário, afirmou Mário Nogueira, os professores convocarão uma greve de, pelo menos 18 dias, que decorrerá por distritos a partir do dia 16 de janeiro.

Nas paralisações de janeiro, os sindicatos pretendem também que os professores dos distritos que naquele dia estiverem em greve se concentrem em locais centrais das localidades e que contactem com a população para explicar os motivos do protesto. O objetivo, acrescentou o dirigente sindical, é ter "uma grande manifestação de apoio e solidariedade para, e não que a luta deixe a população contra os professores".

Lisboa recebe manifestação

Mas esta sexta-feira cumpre-se mais um dia de greve de docentes, mas convocada pelo STOP - o Sindicato de Todos os Professores, neste que é o último dia de escola do primeiro período letivo.

Milhares de alunos vão para ferias de Natal e o regresso às escolas está marcado para 3 de janeiro.

Este sábado Lisboa vai ser palco de mais uma manifestação de professores e o STOP acredita que este protesto pode assumir grandes dimensões, já que os docentes, através das redes sociais, estão a organizar-se em vários pontos do país.

“TODOS a Lisboa este sábado, 17 de dezembro. A partir das 14h00 no Marquês do Pombal (para ouvirmos as intervenções do Professor Santana Castilho e do Dr. Garcia Pereira) e com saída pelas 18h30 na zona da Assembleia da República (com plenário pelo meio para decidir democraticamente como continuar a nossa luta)”, é a mensagem que convoca a participar.

“Não deixes que outros lutem e decidam por ti: JUNTOS SOMOS + FORTES!”, Lê-se ainda.

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  • Ex-professor
    16 dez, 2022 Felizmente 12:03
    Uma paralisação de 18 dias, por distritos, quer dizer na prática 1 ou dois dias de greve em cada distrito e todos somados, dão os tais 18 dias de greve. De resto, são os habituais abaixo-assinados, vigílias, manifestações inofensivas, cordões humanos e o velho guião já visto e revisto e que há muito deixou de funcionar. Ou seja, a Fenprof continua a brincar às lutas. O Sindicato STOP pelo menos fala num Mês de greve e a nível nacional. As lutas sindicais podem resultar ou não. Mas quando se deixa de lutar, então aí sim, já se perdeu.

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