22 dez, 2022 - 19:50 • Lusa
Um voo humanitário com 176 refugiados ucranianos chegou esta quinta-feira a Lisboa, perto das 17h00, proveniente da Moldávia, num avião da companhia aérea ucraniana de baixo custo “Sky Up Airlines”.
O avião aterrou em Lisboa pouco antes das 17h00 e uma hora depois os passageiros já tinham desembarcado no aeroporto militar de Figo Maduro.
Os refugiados são sobretudo mulheres e crianças, alguns chegados esta quinta-feira mesmo à Moldávia, provenientes de Kiev.
A chegada dos refugiados decorre da iniciativa "Check-In Esperança", fruto de uma parceria entre a associação “Ukrainian Refugees UAPT” e a empresa Leroy Merlin.
De acordo com a organização, o avião partirá para a Moldávia dentro de algumas horas com 15 toneladas de bens, como aquecedores, geradores e produtos de higiene, para depois serem transportados por camiões humanitários até Kiev e serem distribuídos a populações necessitadas.
A associação disse em comunicado que este é o sexto voo que já realizou. As duas entidades, a associação e a empresa, no mesmo comunicado, garantem que vão assegurar o acompanhamento de longo prazo aos refugiados recém-chegados.
“Nesta festa de Deus que se faz menino, pensemos n(...)
A “Ukrainian Refugees UAPT” foi fundada em fevereiro de 2022 e é uma organização sem fins lucrativos, sediada em Portugal, que presta apoio a refugiados da guerra na Ucrânia, decorrente da invasão russa.
A guerra na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados em países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de dois mil mortos entre a população civil.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.