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Greve dos trabalhadores de distribuição e comércio com adesão de 30% a 70%

24 dez, 2022 - 18:33 • Lusa

Os trabalhadores de distribuição e comércio estão este sábado em greve, na véspera de Natal, para exigir o encerramento aos domingos e feriados e aumento salarial, tendo a dirigente do CESP Célia Lopes, garantido à Lusa que os "objetivos foram atingidos".

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O CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, estimou que a greve agendada para hoje teve adesões entre os 30% e 70%, garantindo que houve lojas que não abriram. .

Os trabalhadores de distribuição e comércio estão este sábado em greve, na véspera de Natal, para exigir o encerramento aos domingos e feriados e aumento salarial, tendo a dirigente do CESP Célia Lopes, garantido à Lusa que os "objetivos foram atingidos".

De acordo com a dirigente do CESP, os números finais da adesão deverão ser conhecidos no início da próxima semana.

"Os nossos objetivos foram seguramente atingidos. Ao longo dos últimos anos os trabalhadores viram os seus salários e carreiras profissionais absorvidos pelo valor do salário mínimo. Há algum tempo que dizíamos que no comércio havia muita precariedade e muito baixo salário e esta realidade, hoje, é cada vez mais transversal", começou por dizer a sindicalista. .

A título de exemplo para o problema que os trabalhadores do setor enfrentam, Célia Lopes relatou diálogos em que funcionários "com 20, 25 anos de casa, quer no dito comércio tradicional quer nas cadeias de distribuição alimentar e não alimentar" garantem "receber 20 euros acima do salário mínimo que vai entrar em vigor dentro de uma semana".

Sobre o impacto da adesão, a dirigente do CESP apontou vários exemplos, começando por dizer que "muitas lojas do Minipreço não abriram", que a "Loja H&M do Chiado estava a funcionar apenas com cinco trabalhadores", enfatizando tratar-se de um espaço "com quatro pisos" e, por último, que a "loja da Zara em Castelo Branco também não abriu por falta de trabalhadores".

Acresce a isto, disse, "uma adesão muito significativa dos trabalhadores nos hipermercados, com encerramento de balcões, com grandes filas de clientes, porque temos adesões superiores a 50% em alguns locais".

Admitindo que "só na segunda ou terça-feira terão os números finais da adesão à greve", Célia Lopes estimou uma adesão entre os 30% e 70%", explicando que a "especificidade" de ser véspera de Natal e de as "lojas fecharem mais cedo fez com que houvesse menos trabalhadores escalados". .

Ainda assim, confia a dirigente, "as associações patronais não passarão por esta greve de forma incólume e que virão a jogo negociar com os sindicatos as revisões dos contratos coletivos de trabalho e os aumentos salariais para os trabalhadores".

Em mensagem enviada à agência Lusa, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) informou: "Os associados da APED não têm registo de qualquer perturbação por causa da greve. O que podemos verificar é uma motivação extra dos nossos trabalhadores para que nada falte na mesa dos portugueses neste dia especial".

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