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TAP: Primeiro-ministro desconhecia antecedentes e aguarda esclarecimento cabal

27 dez, 2022 - 15:16 • Lusa

Questionado sobre as declarações de Alexandra Reis, o primeiro-ministro disse: "Quanto à Secretária de Estado do Tesouro, registo que se prontificou a devolver qualquer quantia que não lhe fosse devida e que recebeu nos termos acordados entre os advogados".

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O primeiro-ministro afirmou hoje à Lusa que "desconhecia em absoluto os antecedentes" e pediu esclarecimentos sobre a indemnização atribuída pela TAP à secretária de Estado Alexandra Reis, aguardando a "qualificação jurídica" dos factos.

Em resposta a perguntas escritas da agência Lusa, António Costa declarou que "desconhecia em absoluto os antecedentes" da situação e solicitou esclarecimentos aos ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos. .

"Naturalmente solicitei esclarecimentos aos Ministros que tutelam a TAP, que estão a avaliar a questão", disse. .

Questionado sobre as declarações de Alexandra Reis, na segunda-feira, à Lusa, o primeiro-ministro disse: "Quanto à Secretária de Estado do Tesouro, registo que se prontificou a devolver qualquer quantia que não lhe fosse devida e que recebeu nos termos acordados entre os advogados".

Sobre se mantém a confiança na governante, o chefe do Governo respondeu que "quanto ao mais", aguarda "o esclarecimento cabal dos factos e da sua qualificação jurídica".

A secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).

O caso, noticiado no passado sábado pelo Correio da Manhã, mereceu críticas de toda a oposição.

Os ministros das Finanças e das Infraestrutura e Habitação pediram à administração da TAP "informações sobre o enquadramento jurídico do acordo" celebrado com Alexandra Reis, incluindo a indemnização paga.

Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, Alexandra Reis disse na segunda-feira que nunca aceitou, e que devolveria "de imediato" caso lhe tivesse sido paga, qualquer quantia que acreditasse não estar no "estrito cumprimento da lei" na sua saída da TAP.

A governante disse ainda que o acordo de cessação de funções "como administradora das empresas do universo TAP" e a revogação do seu "contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela companhia, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais".

Contudo, na informação enviada na altura à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a TAP comunicou que tinha sido Alexandra Reis a renunciar ao cargo.

Hoje, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que é preciso "esclarecer todo" o acordo celebrado entre a TAP e a secretária de Estado Alexandra Reis para, numa segunda fase, se retirarem ou não consequências.

"Deve-se começar pelo início, ou seja, pelo esclarecimento e, depois, dado o esclarecimento, aí se retirará ou não as consequências daquilo que foi esclarecido", disse.

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  • Cidadao
    27 dez, 2022 Lisboa 20:52
    Desconhecia? Foi mas é apanhado, como no caso do adiantamento das reformas onde estava à espera de que ninguém fizesse contas e a "coisa" passasse entre os pingos da chuva. Agora estava a contar com as festas de fim-de-ano e com o recomeço do Campeonato, para distrair o pessoal. Só que a Bomba rebentou antes disso, e o Marcelo e a Comunicação Social, não se calam...
  • ze
    27 dez, 2022 aldeia 18:37
    Afinal para que serve o governo? os ministros e toda a máquina montada de secretários,sub-secretrários etc etc,todos a ganhar muitos milhares de euros pagos com os impostos de quem trabalha,se quando vem á baila pela comunicação social estas situações imorais....ninguém sbae de nada?????é preciso sempre APURAR responsabilidades,apurar incompatibilidades etc etc.....mas afinal quem faz e onde são feitas as leis?Vivemos cada vez mais com casos idênticos,corrupção galopante,politicos com incompatibilidades etc etc....até o Presidente da Républica "mostra" desconhecimento de casos destes......não há duvida que vivemos numa sociedade "democrática socialista" ou "democracia de Estado"!....Precisamos de um nova revolução democrática para colocarmos Portugal no bom caminho.
  • Sara
    27 dez, 2022 Lisboa 15:44
    Para quando entidades externas que façam auditorias as leis que inventam no parlamento para se protegerem uns aos outros, para quando Bruxelas vai olhar para o que se passa em Portugal, tanta corrupção, mais probres , menos poder de compra, mais ajuda ao outros para que as grandes empresas contratem estes trabalhadores para ganhar ordenados míseros e depois os que cá estao são obrigados a emigrar, por que quem ganha 1000 euros tem de pagar tudo, mas os outros vem para cá tem logo direitos

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