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Habitação. Euribor voltam a subir para novos máximos desde 2008 e 2009

28 dez, 2022 - 18:36 • Lusa

Desde 4 de fevereiro que as Euribor começaram a aumentar mais expressivamente, depois de o Banco Central Europeu ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro, situação reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

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As taxas Euribor voltaram, esta quarta-feira, a subir a três, a seis e a 12 meses, para novos máximos desde janeiro de 2009 no caso dos dois prazos mais curtos e desde dezembro de 2008 no prazo mais longo.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou, pela oitava sessão consecutiva, para 2,752%, mais 0,049 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro, estando a média no atual mês nos 2,545%.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu hoje, pela oitava sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,325%, mais 0,060 pontos do que na terça-feira e um novo máximo desde dezembro de 2008.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro. No corrente mês, encontra-se nos 2,990%.

Já a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou 0,074 pontos, ao ser fixada em 2,202%, atingindo um novo máximo desde janeiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro. Para o mês de dezembro, a média está nos 2,054%.

As Euribor começaram a aumentar mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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