30 dez, 2022 - 08:17 • Marta Pedreira Mixão , Fátima Casanova
A Deco Proteste recebeu, em 2022, mais de 280 mil contactos de consumidores, numa média de 776 por dia. Em 2021, o registo foi de 300.721 contactos.
"Analisando os contatos por setor, temos na liderança as telecomunicações, depois os bens de consumo e, logo a seguir, em terceiro lugar, os serviços financeiros. O setor do turismo e lazer traz de novo a TAP como a mais referenciada. Podemos dizer que o setor do turismo de lazer teve um crescimento de reclamações de 117%", refere.
No setor das telecomunicações, à semelhança de 2021, MEO, NOS e Vodafone lideram as reclamações apresentadas, com um total de 37.885 contactos ao longo de todo o ano. Entre os motivos mais frequentes estão: falhas na cobertura, velocidade de internet inferior à contratada e penalizações por mudança de fornecedor. Só a MEO registou, ao longo deste ano, 9.751 contactos, a NOS motivou 8.857. A Vodafone surge em terceiro lugar no ranking das empresas com mais referências negativas com 4.820 registos.
A seguir às telecomunicações, que aumentaram 19,8% em relação a 2021, os bens de consumo registaram 36.971 casos na plataforma, mais 57,1% do que no ano anterior, principalmente devido a bens defeituosos e garantias, desconformidade entre o anunciado e a realidade ou dificuldades nas compras 'online'.
No terceiro lugar, dos mais reclamados, surgem os serviços financeiros, com 31.985 contactos, mais 52,7% do que em 2021. Os principais motivos das queixas são os aumentos das comissões bancárias e a dificuldade de interpretação de cláusulas contratuais.
As queixas/contactos sobre turismo na plataforma Reclamar da Deco Proteste aumentaram 117,65% este ano, até dia 27 de dezembro, sendo a TAP a mais referenciada - com 20.773 registos na plataforma.
Tal como no ano passado, a companhia aérea TAP surge como a mais referenciada nos contactos à plataforma Reclamar, diz a Deco Proteste, havendo um pico de contactos no período de férias, motivados essencialmente por atrasos e cancelamentos de voos, 'overbooking' e perdas de bagagens.