01 jan, 2023 - 23:12 • Lusa
A muralha da Fortaleza de Valença sofreu hoje à tarde nova derrocada e o local vai ser visitado na segunda-feira pela ministra da Coesão e por técnicos da Direção Geral de Cultura do norte, disse o presidente da Câmara.
"Houve mais uma derrocada na continuidade da [parte] que já tinha caído [durante a manhã de hoje]", relatou o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira, em declarações à Lusa, salientando ser "bastante grande" o troço da muralha afetado.
A possibilidade de nova derrocada já tinha sido antecipada pelas autoridades quando, num balanço feito à Lusa cerca das 15:00, o responsável da Proteção Civil local, Eduardo Afonso, referiu existir "mais uma frente em risco".
A zona foi, entretanto, delimitada para prevenir que as pessoas se aproximem do local que apresenta ainda algumas fissuras, segundo referiu o autarca.
José Manuel Carpinteira adiantou ainda que técnicos da Direção Geral de Cultura do norte vão deslocar-se ao local para avaliar a situação, numa visita em que estará também presente a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o diretor regional de Cultura do norte.
Em causa está, apontou o autarca, uma Fortaleza do século XVII que tem a classificação de monumento nacional.
A parte da fortaleza que caiu fica na zona da Coroada, junto ao parque de estacionamento do município de Valença, no distrito de Viana do Castelo.
"Esta fortaleza é nosso ex-líbris. É o cartão-de-visita de Valença. Aliás, está a ser preparada uma candidatura a Património da Humanidade", recordou o autarca, apelando à população para que não se dirija à fortaleza e cumpra os conselhos de segurança da Proteção Civil.
Num balanço feito à Lusa ao final da tarde de hoje, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que foram registadas 840 ocorrências em Portugal continental entre as 00:00 e as 18:10, devido às condições meteorológicas adversas, com os distritos de Viana do Castelo, Porto e Leiria a ultrapassarem, cada um, as cem ocorrências.
As ocorrências "que geram mais preocupação" aconteceram no distrito de Viana do Castelo, referiu fonte da ANEPC à Lusa.