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MAC CCB, o novo museu de Lisboa com coleções de arte de Berardo e Rendeiro

02 jan, 2023 - 12:24 • Susana Madureira Martins e Lusa

O calendário da inauguração já está traçado, mas ainda não foi anunciado.

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Aí está o Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (CCB), o novo museu nacional a ser inaugurado em 2023.

"É a denominação do novo museu, que em 2023 inaugurará aqui no espaço do CCB. O CCB recupera hoje a gestão e a posse de um espaço de 9 mil metros quadrados, um centro expositivo com grande dimensão e de grande alcance", adiantou Pedro Adão e Silva aos jornalistas.

O anúncio foi feito pelo ministro da Cultura esta segunda de manhã, após reunião com o conselho de administração do CCB, que ficará responsável pela gestão do novo museu para já.

Aos jornalistas, Adão e Silva explicou que o MAC CCB vai reunir coleções do extinto Museu Berardo e a coleção Elipse, que pertence ao falecido banqueiro João Rendeiro.

O calendário da inauguração já está traçado, mas ainda não foi anunciado.

"Queremos estabilizar o quadro em que o novo museu operará e temos um conselho de administração, do CCB, que nos dá todas as garantias de que é capaz de assumir também esse lado de direção do museu. Mais à frente a questão colocar-se-á, mas para já num quadro de alguma incerteza vai ser o conselho de administração do CCB a gerir todo este processo."

Em relação à continuidade da coleção Berardo no MAC CCB, tal dependerá do resultado do diferendo jurídico que opõe o comendador Joe Berardo e três bancos. Quando a Justiça decidir quem é afinal proprietário das obras, adianta Adão e Silva, o Estado estará pronto para negociar os termos da continuação da coleção no novo museu do CCB.

Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa
Foto: José Sena Goulão/Lusa

"Naturalmente que estaremos interessados em negociar com quem for decretado proprietário da coleção os termos da continuidade dessa coleção no museu, Até lá, neste contexto de incerteza, o que nos cabe é garantir que a fruição pública da coleção se mantém."

Adão e Silva informou ainda que o orçamento da fundação CCB contará este ano com um reforço de 2,1 milhões de euros, que transitam da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo, extinta em dezembro.

O ministro da Cultura não descarta, porém, um reforço de orçamento para lá desses 2,1 milhões de euros adicionais, agora que a fundação CCB voltará a ter a gestão do centro de exposições que, ao longo dos últimos 15 anos, acolheu o Museu Coleção Berardo.

No exterior do CCB foram retirados hoje os painéis indicativos do que era o Museu Coleção Berardo e serão colocados os que designam agora a existência do MAC-CCB.

Para os visitantes, praticamente não há, para já, qualquer alteração na entrada no Centro de Exposições do CCB.

A partir de terça-feira, dia 03, será possível visitar a coleção de arte contemporânea constituída pelo empresário madeirense José Berardo.

Pedro Adão e Silva referiu que será "preciso fazer um conjunto e alterações ao longo de 2023, desde pequenas intervenções a obras" para preparar a abertura oficial do MAC-CBB.

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