02 jan, 2023 - 17:06 • Miguel Coelho , Rosário Silva
O presidente da Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) diz que os comerciantes da zona ribeirinha da cidade de Chaves esperam a descida do caudal do rio Tâmega para poder fazer contas aos estragos provocados pela cheia desta segunda-feira.
Em declarações à Renascença, Vítor Pimentel afirma que por agora não é possível fazer uma estimativa rigorosa dos prejuízos, até porque o comércio da zona afetada não está a funcionar.
“Até ao momento temos um restaurante que foi bastante afetado, eventualmente, há um ou outro armazém da zona histórica junto à ponte, que poderão ter alguns prejuízos, mas acautelando a situação, procuraram desviar as mercadorias que eram mais suscetíveis”, esclarece o presidente da ACISAT.
Apesar de terem sido acauteladas algumas situações, o responsável assegura que os “condicionamentos são muitos”, com “um sem número de restaurantes e lojas que não puderam hoje exercer a sua atividade e nem sequer têm acesso, apesar da água não chegar lá”.
“Uma ideia mais concreta, só vamos conseguir ter quando a água baixar mais”, refere à Renascença.
Devido ao agravamento das condições meteorológicas verificadas no domingo, a Proteção Civil Municipal tinha alertado os residentes e comerciantes das zonas ribeirinhas da cidade para a adoção de medidas preventivas e salvaguarda de bens.
Foram também interditadas algumas vias junto à zona ribeirinha, de forma a impedir o estacionamento de viaturas.
O rio Tâmega galgou as margens direita e esquerda esta madrugada, o caudal subiu três metros, e acabou por atingir também campos agrícolas.
Não há, para já, forma de "quantificar eventuais p(...)
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Chaves, o pior já deverá ter passado.
“O que nós fazemos neste momento é acompanhar o nível da água e, ao mesmo tempo, responder a algumas solicitações de pessoas aflitas com alguma situação de inundação”, indica Nuno Vaz.
O autarca espera que as águas baixem, para que se possa fazer “uma avaliação dos impactos mais significativos das inundações, seja nas infraestruturas públicas, seja em habitações, seja em estabelecimentos comerciais”.
A partir daí, pretende “partilhar e expor essa situação”, e “em função da gravidade solicitar a intervenção da tutela ou não”.
Entre as 15h00 de ontem e as 15h00 desta segunda-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil registou 700 ocorrências, a maior parte delas relacionadas com inundações na via pública e em edifícios.
Os distritos com mais ocorrências, além de Vila Real, foram os do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, e também o de Leiria.